A última semana foi, para muitos, em compasso de espera. Na terça-feira, 19 de novembro, a Polícia Federal (PF) realizou a ação denominada “Contragolpe” e tal fato levou figuras proeminentes do bolsonarismo a serem presas, bem como desnudou a participação direta do ex-presidente Jair Bolsonaro na trama golpista após sua derrota eleitoral. Uma semana depois, em 26 de novembro, veio à tona o inquérito policial n° 2021.0044972, um robusto documento de 884 páginas.
No referido inquérito lê-se o seguinte: “No contexto da presente investigação apurou-se a constituição de uma organização criminosa, com seus integrantes atuando, mediante divisão de tarefas, com o fim de obtenção de vantagem consistente em tentar manter o então Presidente da República JAIR BOLSONARO no poder, a partir da consumação de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, restringindo o exercício do Poder Judiciário e impedindo a posse do então presidente eleito”.
Aqui, contudo, vale uma fundamental observação: havia um planejamento de magnicídio – assassinato de pessoas notórias – e, no caso, o sequestro e morte do ministro Alexandre de Moraes e da chapa presidencial vencedora, Lula e Alckmin.
Ademais, as provas coligidas permitiram à PF indicar a existência e coordenação de núcleos de atuação: Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado; Núcleo Jurídico; Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas; Núcleo de Inteligência Paralela; e, por fim, Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.
Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias
Subscreva a Painel Político para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.