Após massacre no Rio, presidente do Senado anuncia instalação de CPI do Crime Organizado
Em meio à escalada de violência no país, comissão parlamentar ganha prazo de 120 dias para desmantelar redes de facções e milícias – uma resposta urgente à insegurança que afeta milhões de brasileiros
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou nesta quarta-feira a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, marcada para a próxima terça-feira, 4 de novembro. A medida, determinada após entendimentos com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), um dos autores do requerimento, surge em um momento crítico para a segurança pública no Brasil, impulsionada pela recente megaoperação policial no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV), que resultou em massacre de mais de 130 mortes e expôs a profundidade da infiltração de facções criminosas em comunidades e instituições.
Em nota oficial divulgada pelo Senado, Alcolumbre enfatizou a necessidade de uma abordagem integrada contra o avanço do crime organizado. _”É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, declarou o parlamentar amapaense. A CPI, composta por 11 senadores titulares e sete suplentes, terá 120 dias para investigar a estruturação, expansão e funcionamento dessas organizações, com foco especial na atuação de milícias e facções como o CV e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com o requerimento aprovado, os senadores deverão mapear o modus operandi das redes criminosas, analisando as condições de instalação e desenvolvimento em cada região do país. Isso inclui a estrutura de tomada de decisões, com o objetivo de identificar soluções concretas, como o aperfeiçoamento da legislação vigente para combater essas ameaças. A iniciativa ganhou tração após a operação no Rio, deflagrada na última semana, que visou desarticular células do CV em favelas cariocas e resultou em confrontos intensos, destacando falhas na coordenação entre forças de segurança e a necessidade de inteligência federal mais robusta.
Fontes do Congresso indicam que o requerimento da CPI foi assinado por parlamentares de diversas bancadas, mas a bancada do PT não aderiu à proposta, o que gerou debates nas redes sociais e na imprensa sobre possíveis divisões políticas em torno do tema. Especialistas em segurança pública, como o diretor do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, comentaram em entrevistas que a CPI representa uma oportunidade para expor ligações entre o crime organizado e setores da economia informal, mas alertam para a importância de resultados práticos, além de investigações simbólicas.
A decisão de Alcolumbre ocorre em um contexto de crescente preocupação com a expansão do crime organizado. Dados do Instituto Sou da Paz revelam que, em 2025, o Brasil registrou um aumento de 15% nos homicídios ligados a disputas entre facções, com o Sudeste e o Norte como regiões mais afetadas. No Rio de Janeiro, a operação recente expôs não apenas o poder de fogo das milícias, mas também sua influência em serviços essenciais, como transporte e saneamento, o que reforça a urgência da investigação parlamentar.
Alessandro Vieira, em declarações à imprensa, saudou a determinação rápida da CPI. _”Essa comissão é essencial para desvelar as engrenagens do crime organizado e propor reformas que fortaleçam o Estado de Direito”, afirmou o senador sergipano, que tem histórico de defesa de pautas anticorrupção. A expectativa é que a escolha dos membros do colegiado ocorra nos próximos dias, com possível indicação de senadores como Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Randolfe Rodrigues (AP), que já se manifestaram favoravelmente à iniciativa em postagens nas redes sociais.
Essa não é a primeira tentativa de enfrentar o tema no Congresso. Em 2023, uma CPI mista sobre o tráfico de armas foi instalada, mas enfrentou entraves e não concluiu seus trabalhos a tempo. Analistas políticos, como o professor da Universidade de Brasília Leonardo Sakamoto, apontam que o sucesso da nova CPI dependerá da independência dos relatores e da colaboração com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal.
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