Zezé Di Camargo: Críticas ao governo Lula contrastam com cachês milionários em prefeituras pequenas
Após rompimento com o SBT por presença de autoridades governistas, cantor vê apresentação em São José do Egito anulada, enquanto dados revelam altos valores pagos por municípios de pequeno porte
A polêmica envolvendo o cantor Zezé Di Camargo ganhou novos contornos nos últimos dias, após o artista anunciar publicamente o rompimento com o SBT devido à presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes no lançamento do canal SBT News, em dezembro de 2025. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Zezé criticou a emissora e pediu que seu especial de Natal não fosse exibido, o que gerou ampla repercussão.
Paralelamente, veio à tona a contratação do cantor pela Prefeitura de São José do Egito (PE) para uma apresentação na tradicional Festa de Reis, marcada para 4 de janeiro de 2026. O contrato, publicado no Diário Oficial da União em 11 de dezembro de 2025, previa cachê de R$ 500 mil, custeado com recursos federais repassados ao município, por meio de inexigibilidade de licitação — modalidade legal para contratações de artistas consagrados.
No entanto, em 15 de dezembro de 2025, o prefeito Fredson Brito anunciou o cancelamento do contrato. Em nota oficial, o gestor declarou: “Por esse motivo, e com o único objetivo de proteger São José do Egito e sua população, tomei a decisão administrativa de encerrar o contrato com o cantor Zezé Di Camargo”. Ele enfatizou que o município “não é espaço para plantar discórdias nem para alimentar falsas especulações” e que a cidade merece ser lembrada por sua cultura e história, sem ser envolvida em polêmicas individuais. Como substituta, a prefeitura contratou a banda Seu Desejo (Yara Tchê & Alessandro).
A decisão veio após intensa repercussão nas redes sociais, onde internautas destacaram o contraste entre as críticas de Zezé ao governo federal e o uso de verbas públicas — incluindo repasses federais — para financiar a apresentação.
Além do caso de São José do Egito, dados compilados indicam que Zezé Di Camargo acumulou contratos significativos com prefeituras de municípios de pequeno e médio porte entre 2024 e 2025.
De acordo com levantamento publicado pela coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, o cantor recebeu ao menos R$ 2,21 milhões em cachês de administrações municipais no período.
Entre os exemplos citados:
Teresina de Goiás (GO), com população de cerca de 2.701 habitantes (conforme dados do IBGE mencionados na reportagem), pagou R$ 380 mil por show no aniversário da cidade.
Nazário (GO), com 8.189 habitantes, desembolsou valor estimado em R$ 400 mil para apresentação em rodeio.
Ribeirão Branco (SP), com 18.627 moradores, contratou o artista por R$ 480 mil.
Inhapim (MG), com 22.692 habitantes, firmou contrato de R$ 454,5 mil.
Jales (SP), com 48.776 residentes, pagou R$ 500 mil.
Todos os contratos foram realizados via inexigibilidade de licitação, prática permitida pela legislação para artistas de renome. Embora legal, esses valores têm gerado debates sobre o impacto nos orçamentos de cidades menores, onde recursos para festas e eventos culturais competem com investimentos em áreas essenciais como saúde, educação e assistência social.
O episódio reforça discussões recorrentes sobre o uso de recursos públicos em contratações artísticas de alto custo, especialmente em contextos de polarização política. Enquanto o cantor mantém agenda de shows pelo país, o cancelamento em São José do Egito marca um desdobramento direto da controvérsia com o SBT e figuras do governo federal.
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