Virgínia Fonseca na CPI: Influencer que lucrava com "desgraça alheia" enfrenta senadores hoje
Milionária das apostas online terá que explicar ganhos de até R$ 50 milhões e comissão sobre perdas de seguidores; STF garante direito ao silêncio
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets está reunida nesta terça-feira (13/05) para ouvir um dos seus depoimentos mais aguardados: a influenciadora Virgínia Fonseca, que está sendo ouvida a desde às 11h no Senado Federal. Com mais de 53 milhões de seguidores no Instagram, a empresária e apresentadora do SBT está no centro das investigações sobre o mercado bilionário das apostas esportivas no Brasil.
A convocação, feita pela relatora Soraya Thronicke (Podemos-MS), ganhou ainda mais relevância após revelações bombásticas sobre os contratos milionários da influenciadora com casas de apostas. Segundo reportagem da revista Piauí, Virgínia recebeu um adiantamento de R$ 50 milhões da Esportes da Sorte em dezembro de 2022, com direito a 30% sobre todas as perdas dos apostadores que utilizassem seu link - prática conhecida no meio como "cachê da desgraça alheia".
Siga AO VIVO o depoimento de Virgínia Fonseca:
Proteção do STF
Na véspera do depoimento, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, garantiu à influenciadora o direito de permanecer em silêncio durante a sessão. A decisão, no entanto, não se estende a questionamentos sobre outros investigados. Virgínia poderá estar acompanhada por advogado e está protegida contra "constrangimentos físicos ou morais".
Império digital sob investigação
Aos 26 anos, a influenciadora construiu um verdadeiro império. Além dos milhões de seguidores nas redes sociais, é dona da WePink, empresa de cosméticos que faturou R$ 325 milhões em 2023. Após encerrar contrato com a Esportes da Sorte, fechou novo acordo com a Blaze, no valor de R$ 29 milhões anuais, mantendo o controverso modelo de remuneração baseado nas perdas dos apostadores.
CPI mira influenciadores
A investigação não se limita a Virgínia. A CPI também convocou outras personalidades, como o ex-BBB Felipe Prior, e solicitou ao Coaf relatórios sobre operações suspeitas envolvendo diversos influenciadores. O caso mais emblemático é o de Deolane Bezerra, que chegou a ser presa em setembro por suspeitas de envolvimento com apostas ilegais e lavagem de dinheiro.
Os senadores buscam entender como as casas de apostas têm usado figuras populares da internet para atrair apostadores, especialmente jovens, e investigar possíveis conexões com crimes financeiros.
Palavras-chave: Virgínia Fonseca, CPI das Bets, apostas online, influenciadores digitais, Senado Federal, investigação, Soraya Thronicke, Gilmar Mendes, WePink, Blaze, Esportes da Sorte
Hashtags: #PainelPolitico #CPIdasBets #VirginiaFonseca #Apostas #Influencers #Investigacao #Senado #Brasil #BetsGate #MercadoDigital