Vereador em prisão domiciliar assume prefeitura após prefeito, vice e 11 vereadores serem presos e afastados
Em meio a investigações do Gaeco por desvios de mais de R$ 56 milhões, José Luís Araújo Diniz, o "Pelego", comanda interinamente o município enquanto cumpre prisão domiciliar

Turilândia, município localizado a cerca de 157 quilômetros de São Luís, no Maranhão, vive um momento de profunda instabilidade política após a deflagração da Operação Tântalo II, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA). A ação, desencadeada em 22 de dezembro de 2025, resultou no afastamento do prefeito Paulo Curió (União Brasil) e da vice-prefeita Tânya Mendes (PRD), além de prisões e medidas cautelares contra diversos agentes públicos e privados.
Com a vacância temporária dos cargos no Executivo, o presidente da Câmara Municipal, vereador José Luís Araújo Diniz, conhecido como “Pelego” (União Brasil), assumiu interinamente a prefeitura. A mudança foi oficializada por portaria publicada recentemente, conforme decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). Paralelamente, a vice-presidente da Câmara, vereadora Inailce Nogueira Lopes, passou a exercer interinamente a presidência do Legislativo local.
O que chama atenção é que Pelego também é um dos investigados na operação e cumpre prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Ele e outros vereadores estão autorizados pela Justiça a sair de casa apenas para participar de sessões legislativas previamente marcadas. Em entrevista ao g1, o promotor Fernando Berniz, do Gaeco, esclareceu os limites impostos:
“Ele não pode. Caso queira exercer as funções no Executivo, precisa pedir autorização à desembargadora. Hoje, ele só pode sair de casa para ir às sessões da Câmara Municipal previamente designadas” — disse o promotor, referindo-se inicialmente à possibilidade de atuação no Executivo, embora a assunção interina tenha sido permitida pela legislação orgânica municipal, sem afastamento do cargo de vereador.
A Operação Tântalo II é um desdobramento da Operação Tântalo, realizada em fevereiro de 2025, e apura indícios de crimes como organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais, praticados entre 2021 e 2025. Segundo o MPMA, uma organização criminosa se instalou nos poderes Executivo e Legislativo de Turilândia, desviando recursos públicos principalmente das áreas de Saúde e Assistência Social. O prejuízo estimado aos cofres municipais supera R$ 56.328.937,59, com bloqueio judicial autorizado nesse valor.
Entre os alvos estão o prefeito Paulo Curió, apontado como líder do esquema, sua esposa (primeira-dama), a vice-prefeita Tânya Mendes, a ex-vice-prefeita, empresários, servidores e todos os 11 vereadores da cidade, além de um ex-vereador – totalizando 21 mandados de prisão cumpridos, sendo alguns preventivos e outros convertidos em domiciliar para evitar paralisia administrativa. O esquema envolvia contratos simulados com empresas de fachada, “venda de notas fiscais” e distribuição de propinas para garantir apoio político e omissão na fiscalização.
A operação mobilizou promotores de justiça de diversos núcleos do Gaeco, com apoio das Polícias Civil e Militar, resultando em 51 mandados de busca e apreensão em múltiplos municípios maranhenses. Documentos e equipamentos apreendidos estão sendo analisados para compor o conjunto probatório.
Esse caso expõe fragilidades na governança local e reforça a atuação do Ministério Público no combate à corrupção em pequenos municípios. As investigações continuam, com possibilidade de novas fases.
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