URGENTE: PF prende presidente da Alerj em ação contra obstrução de justiça
Em um golpe contra a interferência em investigações policiais, a prisão do deputado Rodrigo Bacellar expõe possíveis conexões entre o poder legislativo e ações para proteger investigados
O cenário político do Rio de Janeiro foi abalado nesta quarta-feira, 3 de dezembro de 2025, com a prisão do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado estadual Rodrigo Bacellar, do União Brasil. A ação foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Unha e Carne, que investiga a articulação de agentes públicos para vazar informações sigilosas e obstruir investigações criminais. De acordo com a PF, o parlamentar é suspeito de ter repassado dados confidenciais da Operação Zargun, deflagrada em setembro deste ano, o que teria facilitado a fuga inicial e a proteção do então deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, do MDB, preso por envolvimento com lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e ligações com a facção criminosa Comando Vermelho (CV).
A Operação Unha e Carne, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), resulta de uma série de apurações no contexto da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas. Essa decisão do STF determinou maior intervenção da PF em investigações sobre grupos criminosos violentos e suas conexões com agentes públicos no estado. As evidências coletadas pela PF apontam para um “acesso privilegiado” de Bacellar a informações internas da investigação, que foram repassadas a terceiros, culminando na obstrução da Operação Zargun.
Durante a ação desta quarta, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, incluindo a residência do deputado em Campos dos Goytacazes e dependências da Alerj, além de um mandado de prisão preventiva contra Bacellar e outro de intimação para medidas cautelares. No total, 18 alvos foram atingidos pela operação.
Rodrigo Bacellar, advogado de 52 anos e natural de Campos dos Goytacazes, cumpre seu segundo mandato como deputado estadual e foi reeleito presidente da Alerj por unanimidade para o biênio 2025-2026. Nos bastidores da política fluminense, ele era considerado um nome forte para suceder o governador Cláudio Castro (PL). Bacellar, um apoiador declarado do governo Castro, ganhou influência ao longo dos anos, atuando como uma espécie de “primeiro-ministro” informal do estado, com forte base no norte fluminense. Sua trajetória inclui passagens por cargos na administração pública local e uma eleição em 2022 com ampla margem de votos.
Atualmente, Bacellar presta depoimento na Superintendência da PF no Rio de Janeiro, sob custódia federal. A PF destacou em nota oficial que a operação visa “combater a atuação de agentes públicos envolvidos no vazamento de informações sigilosas que culminou com a obstrução da investigação realizada no âmbito da Operação Zargun”. A entidade enfatizou que as provas são “robustas”, baseadas em interceptações e documentos que demonstram o repasse de dados sensíveis. A Operação Zargun, por sua vez, revelou o braço político do Comando Vermelho, com TH Joias sendo capturado após uma tentativa frustrada de prisão em sua residência na Barra da Tijuca – um episódio que, segundo investigadores, foi facilitado pelo alerta prévio.
A prisão de Bacellar não é um caso isolado na história recente da Alerj. Em 2017, o então presidente Jorge Picciani (PMDB), hoje no MDB, também foi detido pela PF em operação contra corrupção no setor de transportes. Esse precedente reforça o padrão de escrutínio sobre o alto escalão da assembleia, especialmente em meio a investigações sobre infiltração de facções criminosas na política.
Nas redes sociais, a notícia gerou repercussão imediata: perfis como o da deputada estadual Thais Ferreira (MDB) criticaram a proximidade de líderes políticos com elementos ligados ao crime organizado, afirmando que “o mais contraditório é o presidente falar em ‘segurança’ enquanto anda tão perto de quem ameaça a segurança do povo de verdade”. Outros usuários, como o jornalista Joao Domenech, apontaram para um viés partidário, questionando: “O que falta para você entender que quem ajuda bandido é a direita? Não a esquerda”. O União Brasil, partido de Bacellar, ainda não se manifestou oficialmente, mas fontes próximas indicam que o comando nacional monitora o caso de perto, enquanto aliados no Rio articulam uma resposta coordenada.
Essa deflagração ocorre em um momento delicado para a política fluminense, com o Rio de Janeiro enfrentando desafios crescentes de segurança pública e pressões por reformas no sistema penitenciário e na inteligência policial. A ADPF das Favelas, que respalda a Unha e Carne, busca exatamente desmantelar essas redes de proteção mútua entre o crime e o Estado, promovendo maior transparência e responsabilidade
Especialistas em direito penal consultados por veículos como o G1 e o Valor Econômico alertam que o caso pode escalar para o plenário do STF, especialmente se envolver figuras de outros poderes. A prisão preventiva de Bacellar, válida por tempo indeterminado, suspende suas funções na Alerj, abrindo espaço para a vice-presidência assumir interinamente – um movimento que pode alterar dinâmicas legislativas em curso, como projetos de lei sobre segurança e orçamento estadual.
Enquanto o depoimento prossegue, a sociedade civil e movimentos antifacção no Rio cobram agilidade na apuração. A operação reforça a importância de investigações independentes para preservar a integridade das instituições, em um estado historicamente marcado por escândalos de corrupção e violência urbana. Atualizações sobre o caso são esperadas nas próximas horas, com a PF prometendo mais detalhes em coletiva de imprensa.
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