Trump pede prisão de líderes Democratas de Chicago e Illinois em escalada de tensões com envio de tropas
Conflito entre Casa Branca e autoridades locais democratas atinge novo patamar, com mobilização da Guarda Nacional apesar de ações judiciais e oposição pública majoritária
Em um novo capítulo da polarização política nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump, do Partido Republicano, intensificou suas críticas a líderes democratas ao exigir publicamente a prisão do prefeito de Chicago, Brandon Johnson, e do governador de Illinois, JB Pritzker. A declaração, feita em sua plataforma de mídia social Truth Social, ocorre paralelamente à preparação do governo federal para o envio de centenas de tropas da Guarda Nacional à terceira maior cidade do país, sob o pretexto de proteger agentes federais de imigração em meio a protestos contra as políticas de repressão migratória da administração Trump.
“O prefeito de Chicago deveria estar na cadeia por não proteger os oficiais da ICE! O governador Pritzker também!”, escreveu Trump, referindo-se à equipe do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE) dos EUA, acusando os dois democratas de falharem em garantir a segurança dos agentes federais atuando na cidade. Até o momento da publicação desta reportagem, nem Johnson nem Pritzker comentaram diretamente o apelo do presidente, mas o governador de Illinois emitiu uma resposta desafiadora, afirmando que a mobilização federal representa uma “agressão contra cidadãos e residentes de Illinois”.
O episódio faz parte de um padrão recorrente desde que Trump entrou na política em 2015, quando o republicano passou a demandar publicamente a prisão de oponentes políticos. Desta vez, o contexto é agravado por ações judiciais em curso: Illinois ingressou com processo para barrar a mobilização, mas um juiz federal permitiu que ela prosseguisse temporariamente em Chicago na segunda-feira. Em Portland, Oregon, outro juiz bloqueou o envio de tropas federais, citando violações constitucionais. Trump, por sua vez, ameaçou invocar a Lei Anti-Insurreição – última usada durante os distúrbios de Los Angeles em 1992 – para contornar qualquer decisão contrária.
A mobilização envolve cerca de 300 soldados da Guarda Nacional do Texas e de Illinois, federalizados pelo Pentágono apesar das objeções veementes de Pritzker e Johnson. As tropas se concentram em uma instalação militar nos arredores de Chicago, com Trump ordenando formalmente sua presença por até 60 dias para “assistir o Departamento de Segurança Interna (DHS)”. O presidente já enviou forças semelhantes para Los Angeles e Washington D.C., sempre desafiando a resistência de prefeitos e governadores democratas, que argumentam que as alegações de “falta de lei e ordem” não refletem a realidade local.
“Meu objetivo é muito simples. PARAR O CRIME NA AMÉRICA!”, postou Trump em sua rede social, justificando as ações como resposta a supostos atos de violência. No entanto, dados indicam que os crimes violentos nos EUA caíram desde o pico da pandemia de Covid-19, e as tropas da Guarda Nacional têm sido usadas principalmente para proteger instalações federais, não para patrulhar ruas. Protestos contra as políticas de imigração em Chicago e Portland foram descritos por autoridades locais como “amplamente pacíficos e de tamanho limitado”, contrastando com as narrativas do governo federal.
Um incidente recente agravou as tensões: no sábado, agentes da Patrulha de Fronteira atiraram em uma mulher durante confrontos com manifestantes em Chicago, o que desencadeou protestos adicionais e levou Pritzker a alertar sobre uma escalada de “agressão federal”. O segundo em comando do Departamento de Justiça, Todd Blanche, classificou os eventos como “literalmente terrorismo doméstico em Chicago” em entrevista à Fox News, enquanto o governador democrata acusa Trump de “fomentar a violência para justificar maior militarização”.
Uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada nesta quarta-feira (8) reforça a resistência pública: a maioria dos norte-americanos se opõe ao envio de tropas sem uma ameaça externa clara, com 58% dos entrevistados considerando a medida “excessiva” em contextos urbanos como Chicago. Trump, no entanto, ameaçou estender as mobilizações para outras cidades, sugerindo que elas poderiam servir como “campos de treinamento” para as Forças Armadas.
Essa confrontação reflete uma divisão mais ampla entre o governo republicano federal e cidades lideradas por democratas, onde políticas de imigração rígidas colidem com proteções locais a imigrantes. Analistas apontam que, embora Trump não tenha processado diretamente Johnson ou Pritzker até agora, suas declarações ecoam em um ambiente de investigações políticas, como o caso do ex-diretor do FBI, James Comey, que enfrenta acusações criminais criticadas como “frágeis” em tribunal esta semana – o primeiro oponente processado sob demandas semelhantes do presidente.
O blog Painel Político acompanha de perto as ramificações internacionais dessa crise, que pode influenciar debates sobre federalismo e direitos civis nos EUA e além-fronteiras.
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