Trump e o espectro do autoritarismo: como a democracia americana e Sul-americana enfrenta ameaças
A ascensão de um estado militar, a erosão das instituições democráticas e os ecos de crises passadas marcam a segunda gestão de Trump, com impactos que reverberam até a América do Sul

A segunda presidência de Donald J. Trump, líder do Partido Republicano, iniciada em 20 de janeiro de 2025, tem sido marcada por controvérsias que vão além da política, incluindo sua saúde debilitada, o uso de tarifas como ferramenta de pressão e ações que desafiam as instituições democráticas dos Estados Unidos.
Diagnosticado com insuficiência venosa crônica (IVC), Trump enfrenta uma condição que, embora comum, exige cuidados contínuos. Suas políticas, como a imposição de tarifas para pressionar opositores, a militarização do governo e tentativas de intervenção na Venezuela, têm gerado preocupações sobre a erosão da democracia, com ecos de crises como a invasão do Capitólio em 2021.
Esses movimentos reverberam na América do Sul, onde sua influência ameaça democracias frágeis.
Trump e sua saúde: insuficiência venosa crônica
Em julho de 2025, o porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou que Trump, aos 79 anos, foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica (IVC), uma condição que impede as veias das pernas de retornar o sangue ao coração, causando inchaço e desconforto. "O presidente passou por um exame abrangente após notar leve inchaço nas pernas, que revelou insuficiência venosa crônica, uma condição benigna e comum em pessoas acima de 70 anos", declarou Leavitt, citando o médico da Casa Branca, Sean Barbabella. Apesar de Barbabella afirmar que Trump está em "excelente saúde", a condição, que afeta até 40% dos adultos americanos, requer manejo contínuo com medidas como meias de compressão e elevação das pernas.
A IVC, segundo a Cleveland Clinic, é agravada por fatores como obesidade, longos períodos em pé e falta de exercício, todos associados ao estilo de vida de Trump, um ávido golfista que, segundo especialistas, passa muito tempo em pé. "É uma condição progressiva e crônica que exige manejo por toda a vida", alertou o cardiologista Scott Cameron. A revelação da doença gerou especulações sobre sua capacidade de liderar, especialmente após fotos mostrarem inchaço em seus tornozelos e hematomas em suas mãos, atribuídos a apertos de mão frequentes e ao uso de aspirina

Tarifas como arma política
Além das preocupações com sua saúde, Trump tem utilizado tarifas como uma ferramenta para pressionar opositores e consolidar sua agenda. Em abril de 2025, ele declarou uma "emergência econômica nacional", invocando a Lei Internacional de Poderes Econômicos de Emergência (IEEPA) para impor tarifas de 10% sobre todas as importações, com taxas de até 50% contra países com grandes déficits comerciais com os EUA.
Essas medidas elevaram a tarifa média americana para 18,6%, a maior em mais de um século. "As tarifas de Trump são más e perigosas, aumentando os custos para os consumidores e ameaçando a estabilidade econômica", criticou o economista Paul Krugman. Essas tarifas não apenas visam proteger a indústria americana, mas também servem para pressionar países e até mesmo adversários políticos internos. Posts no X sugerem que Trump tem usado essas medidas para silenciar críticos, com relatos de que empresas e nações que se opõem às suas políticas enfrentam retaliações econômicas. "Trump está usando tarifas como uma arma para forçar lealdade, punindo quem discorda", escreveu um usuário identificado como @econwatchdog.
Embora inconclusivos, esses posts refletem um sentimento crescente de que as políticas econômicas de Trump têm motivações políticas, minando a independência de atores econômicos e reforçando um estilo de governo autoritário.
Um estado militar em formação?
A militarização do governo é outra faceta preocupante do segundo mandato de Trump. Em agosto de 2025, relatos no X indicaram a federalização da Guarda Nacional e a militarização de Washington, D.C., com planos de expandir essa abordagem para outras cidades. "Nos últimos três dias, Trump federalizou a Guarda Nacional, assumiu o controle de Washington, D.C., e está se preparando para controlar Chicago e invadir o México", afirmou o usuário @looP_rM_3117211, refletindo temores de uma escalada autoritária.
Apesar de carecerem de confirmação oficial, essas alegações alinham-se com o uso frequente de poderes de emergência por Trump, que, segundo a NPR, superou qualquer outro presidente moderno nos primeiros 100 dias de seu segundo mandato.
Elizabeth Goitein, especialista em poderes de emergência, alertou: "A maioria dessas declarações parece projetada para evitar o Congresso em questões de política. Isso é um uso inadequado dos poderes de emergência". A concentração de poder no Executivo, incluindo a nomeação de lealistas em cargos-chave, tem sido comparada a táticas de regimes autoritários, enfraquecendo o equilíbrio constitucional.
O eco do Capitólio: uma democracia sob ataque
A invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, durante o primeiro mandato de Trump, permanece como um alerta. Após perder a eleição de 2020 para Joe Biden, Trump incitou seus apoiadores a contestar o resultado, resultando em um ataque que deixou cinco mortos. "A Venezuela expressa sua preocupação com os eventos violentos em Washington, condena a polarização política e espera que o povo americano encontre um novo caminho para a estabilidade", declarou o então ministro venezuelano Jorge Arreaza.
Joe Biden classificou o evento como uma "insurreição", e a hesitação de Trump em condenar os invasores intensificou acusações de que ele minava a democracia. Ben Goldsmith, da Universidade Nacional da Austrália, observou: "Trump demonstrou falta de respeito e entendimento pelo sistema democrático americano no primeiro mandato, e agora parece mais preparado para derrotá-lo".
A reeleição de Trump em 2024 sugere que o impacto do Capitólio não foi suficiente para conter sua influência, permitindo a continuidade de práticas que desafiam as normas democráticas.
Inflação e dívida: o custo econômico do trumpismo
As políticas econômicas de Trump têm agravado a inflação e a dívida pública. A inflação subiu 0,1% de abril a maio de 2025, mantendo uma taxa anual de 2,4%, enquanto as tarifas elevam os custos para consumidores. O Centro para o Progresso Americano alerta que os cortes de impostos para os ricos e o aumento de gastos com tarifas podem ampliar o déficit, transferindo trilhões para as elites enquanto cortam programas sociais. "As políticas de Trump estão ampliando a desigualdade, penalizando os pobres e a classe trabalhadora", afirma o relatório.
Ameaças à democracia na América do Sul
Na América do Sul, a influência de Trump é igualmente preocupante. Em agosto de 2025, os EUA enviaram três destróieres e 4.000 militares às águas próximas à Venezuela, sob o pretexto de combater cartéis. Nicolás Maduro respondeu mobilizando 4,5 milhões de milicianos, declarando: "Nenhum império tocará o solo sagrado da Venezuela". As sanções americanas, intensificadas por Trump, devastaram o setor petrolífero venezuelano, reduzindo sua produção em quase cinco vezes.
A nomeação de Marco Rubio como Secretário de Estado sinaliza uma postura mais agressiva na região. Rubio, conhecido por sua linha-dura contra regimes de esquerda, pode intensificar pressões sobre países como Honduras, onde Xiomara Castro enfrenta críticas republicanas por laços com a Venezuela. "A crescente aproximação de Trump com líderes autoritários, como Nayib Bukele, pode encorajar atores antidemocráticos na região", alerta a organização WOLA.
O futuro da democracia em xeque
Com sua saúde fragilizada pela IVC, Trump enfrenta desafios físicos enquanto promove políticas que concentram poder, utilizam tarifas para pressionar opositores e militarizam o governo. A Foreign Affairs descreve os EUA como à beira de um "autoritarismo competitivo", onde eleições ocorrem, mas instituições são manipuladas. "Trump está transformando a máquina estatal em uma ferramenta para atacar opositores", afirma a revista.
Na América do Sul, sua postura intervencionista ameaça desestabilizar democracias frágeis, repetindo erros históricos.
E você, leitor, o que acha dessas mudanças? Acredita que a saúde de Trump e suas políticas autoritárias colocam a democracia em risco? Comente e compartilhe para ampliar esse debate!
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Evidentemente, mais uma coerente análise bem fundamentada do Painel Político.
Também, me chamou a atenção, e muito, as citações variadas. Comentários de "gente do poder" e de "gente da gente", de usuários de redes sociais à personas políticas. É algo incomum.
Indicar essa publicação é inevitável!
Ah... vai pro meu notes!