Com o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, o cenário político e global deve se transformar mais uma vez, especialmente para economias emergentes como o Brasil.
Primeiro, há uma clara divergência em termos de alinhamento político. Enquanto no Brasil e em outros emergentes tivemos a ascensão de governos alinhados à esquerda nos últimos anos, nos EUA a eleição de Trump representa o renascimento de uma direita aparentemente combalida, mas que volta à Casa Branca mais forte do que nunca. Do lado brasileiro, o governo vem promovendo maior integração com parceiros do Sul Global, como a China e os demais países do BRICS. Já nos EUA, a postura de Trump mais protecionista pode acirrar as tensões comerciais.
Além disso, a criação de uma moeda única entre os países do BRICS, que foi proposta pelo presidente Lula e vinha ganhando tração, é vista como uma ameaça ao dólar. Isso porque os cinco fundadores do bloco – Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul – respondem por mais de um quarto do PIB global. O Fundo Monetário Internacional estima que em 2027 esses países serão responsáveis por 33,9% do PIB mundial, deixando para trás o tradicional G7, que deve cair para 28,26%.
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