Tornado EF3 cidade no Paraná: Seis mortos e mais de 430 feridos em Rio Bonito do Iguaçu
Cenário de guerra em cidade paranaense após vendaval com ventos acima de 250 km/h; governos estadual e federal unem forças para resgate e reconstrução, enquanto famílias clamam por solidariedade
Rio Bonito do Iguaçu, um município de cerca de 14 mil habitantes no sudoeste do Paraná, acordou neste sábado (8) sob os escombros de uma tragédia sem precedentes. Um tornado classificado como EF3 pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) – com ventos estimados em mais de 250 km/h – arrasou cerca de 80% da estrutura urbana na tarde de sexta-feira (7), deixando um rastro de destruição que autoridades descreveram como um “cenário de guerra”. Pelo menos seis pessoas perderam a vida, incluindo cinco no epicentro do desastre e uma em Guarapuava, vizinha à região afetada. Mais de 430 pessoas ficaram feridas, com cerca de 30 em estado grave, e buscas por desaparecidos continuam em meio aos destroços de casas, postes de energia caídos e árvores derrubadas.
O fenômeno, impulsionado por um intenso sistema de baixa pressão atmosférica entre o Paraguai e o Sul do Brasil, associado a uma frente fria e a um ciclone extratropical, gerou temporais severos nas regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Sul do estado. “Um intenso sistema de baixa pressão atmosférica formado entre o Paraguai e o Sul do País impulsionou ao longo da tarde e noite desta sexta-feira o deslocamento de uma frente fria, associada ao deslocamento de um ciclone extratropical do continente para o oceano. Por conta dessa combinação de sistemas foram registrados vários temporais severos sobre as regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Sul do estado”, informou o Governo do Paraná em comunicado oficial. A previsão inicial do Climatempo alertava para rajadas acima de 100 km/h em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, com o ciclone se deslocando pelo mar até domingo (9), podendo afetar o litoral do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
Em Rio Bonito do Iguaçu, a devastação foi total: residências destelhadas, veículos capotados, o hospital local sobrecarregado e a cidade inteira sem energia elétrica. Imagens aéreas e vídeos divulgados por moradores e equipes de resgate mostram ruas intransitáveis, com escombros espalhados e famílias desabrigadas – cerca de 28 desabrigadas e mil desalojadas, segundo a Defesa Civil estadual. Uma das vítimas fatais identificadas foi Julia Kwapis, de 14 anos, arrastada pelos ventos enquanto estava na casa de uma amiga. Outras mortes ocorreram em colapsos estruturais, e o Corpo de Bombeiros mobilizou reforços de todo o estado para atender a emergência. “Vamos continuar monitorando, analisando as imagens das fotos, imagens aéreas, em conjunto com a Defesa Civil, e se for o caso poderemos reclassificar a intensidade do fenômeno, pois foi extremamente severo”, afirmou Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar, destacando a possibilidade de ventos ainda mais intensos em pontos isolados.
A resposta das autoridades foi imediata e coordenada, refletindo a urgência da crise climática que assola o Sul do país. O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), acompanhado do secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, e do coordenador da Defesa Civil do Paraná, coronel Fernando Schunig, decolou para a região na manhã deste sábado. Ratinho Junior decretou estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu, liberando recursos emergenciais para reconstrução e auxílio às vítimas. “Estamos aqui, junto com nossas equipes, prestando todo o apoio à população e ajudando as famílias a se reerguerem”, declarou o governador em postagem nas redes sociais, onde também compartilhou imagens dos trabalhos de resgate.
No âmbito federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou solidariedade e mobilizou uma equipe liderada pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT). Ministérios da Saúde e da Integração e Desenvolvimento Regional enviaram técnicos da Defesa Civil Nacional, profissionais da Força Nacional do SUS e ajuda humanitária, incluindo 340 colchões, 300 cestas básicas, kits de higiene e limpeza. “Quero expressar meu profundo sentimento a todas as famílias que perderam seus entes queridos no tornado em Rio Bonito do Iguaçu e em Guarapuava, no Paraná. E prestar minha solidariedade a todas as pessoas que foram afetadas”, escreveu Lula em mensagem pública. Um hospital de campanha foi montado em Laranjeiras do Sul, a 17 km de distância, para receber os feridos transferidos.
O desastre também atingiu municípios vizinhos, como Candói e Porto Barreiro, com relatos de vendavais e granizo, mas Rio Bonito do Iguaçu sofreu o impacto mais severo. Especialistas do Simepar atribuem o evento a uma supercélula – tipo de tempestade rotativa que pode gerar tornados violentos –, agravada pelas mudanças climáticas. Autoridades estaduais e federais recomendam que a população evite áreas abertas, fique atenta a estruturas instáveis e siga alertas meteorológicos, enquanto o governo monitora a evolução do ciclone.
Nas redes sociais, o luto e a comoção se espalharam rapidamente. Vídeos emocionantes, como o de uma moradora chorando ao ver sua casa destruída, viralizaram, gerando mensagens de solidariedade de figuras como a deputada estadual Lud Falcão (PT-MG), que orou pelas famílias afetadas. Deputados federais e senadores paranaenses, como o senador Flávio Arns (PSB-PR), cobram agilidade na reconstrução, enquanto ONGs e voluntários se organizam para doações. O fenômeno reforça o debate sobre investimentos em defesa civil e adaptação climática no Brasil, especialmente em regiões vulneráveis como o interior do Paraná.
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