TH Joias ameaça delatar Cláudio Castro e autoridades da direita fluminense, revela Garotinho
Ex-deputado preso dá prazo até fim de novembro para soltar "dossiê explosivo" e acusa operação policial de ser "queima de arquivo"; tensão cresce em meio à CPI do Crime Organizado no Senado
O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (Republicanos), divulgou em suas redes sociais, na noite de 3 de novembro de 2025, uma grave ameaça feita pelo ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias (MDB). Preso desde 3 de setembro de 2025 por suspeita de tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e intermediação de armas para o Comando Vermelho (CV), TH Joias estaria sinalizando um possível “dossiê explosivo” contra o governador Cláudio Castro (PL), o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (PL), e outras figuras da direita fluminense.
Fontes internas do sistema penitenciário, consultadas por Garotinho, descrevem o ex-parlamentar como “desolado e abandonado por antigos aliados”, o que poderia precipitar revelações comprometedoras sobre redes de proteção e corrupção na segurança pública
De acordo com Garotinho, TH Joias teria afirmado em tom confidencial que a megaoperação policial deflagrada em 29 de outubro de 2025, contra o CV nos complexos da Penha e do Alemão – que resultou em 121 mortes e foi classificada como “sucesso” pelo governador Cláudio Castro – não passou de uma tentativa de “queima de arquivo”. O ex-deputado alega possuir “profundo conhecimento do funcionamento interno das forças de segurança” e menciona um “grande número de policiais civis e militares” que, ao longo dos anos, o teriam protegido de ações judiciais e outras repercussões. Essa rede de apoio, segundo ele, seria “maior do que muitas unidades policiais”, sugerindo uma infiltração sistêmica no aparato repressivo fluminense.
A declaração mais alarmante veio em forma de ultimato: “se eu não sair daqui até o final de novembro, conforme o combinado, vou virar um homem-bomba”, teria dito TH Joias, expressando “tristeza e desamparo”. Essa ameaça de “vazamento de informações” aponta para possíveis delações sobre esquemas de proteção e corrupção envolvendo não só políticos, mas também membros da Polícia Civil e Militar. A defesa de TH Joias não se pronunciou imediatamente sobre as alegações, mas o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) reforça que a prisão do ex-deputado, na Operação Bandeirantes, foi baseada em evidências concretas de intermediação de drogas, armas de fogo e até aparelhos antidrones para o CV nos complexos da Maré e do Alemão.
Contexto da prisão e relações políticas
TH Joias, de 36 anos, assumiu o mandato na Alerj em junho de 2024, como segundo suplente do MDB, após a morte do deputado Otoni de Paula. Ele obteve 15.015 votos nas eleições de 2022 e era conhecido por fabricar joias personalizadas para celebridades, como cantores e jogadores de futebol. No entanto, sua trajetória inclui uma prisão anterior, em 2017, por lavagem de dinheiro do tráfico via sua joalheria e repasse de informações policiais a facções, sob pagamento semanal de R$ 11 mil.
A operação de setembro de 2025, em conjunto com a Polícia Federal (PF), também prendeu o ex-secretário de Esportes do governo Cláudio Castro, Alessandro Pitombeira Carracena, e o traficante Gabriel Dias de Oliveira, conhecido como Índio do Lixão, do CV. Interceptações da PF revelam repasses de R$ 148 mil de Índio ao ex-deputado, além de promessas de mais R$ 90 mil a Carracena por favores como localização de veículos roubados.
Fotos e vídeos antigos de Cláudio Castro ao lado de TH Joias em eventos de segurança pública, como entregas de viaturas blindadas, ressurgiram nas redes sociais nos últimos dias, alimentando especulações. Internautas e perfis de esquerda, como os de usuários no X (antigo Twitter), propagam o bordão “Conta tudo, TH Joias”, associando o caso ao governador e cobrando a PEC da Segurança Pública.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, admitiu em entrevista que evitava TH Joias em eventos, descrevendo a presença dele como “constrangedora”, apesar de uma relação institucional. O governador, por sua vez, foi a favor da cassação do mandato de TH Joias logo após a prisão e defendeu: “Não existe braço do crime organizado na política”, propondo leis eleitorais mais rígidas para prevenir infiltrações.
Repercussões políticas e a sombra da CPI
O episódio irrompe em um momento crítico para a política fluminense, marcado por disputas de poder e investigações sobre milícias e facções. O governo Cláudio Castro, reeleito com 4,9 milhões de votos em 2022, enfrenta críticas por suposta leniência com o crime organizado, especialmente após a operação de outubro, que deixou saldo de chacina e questionamentos sobre letalidade policial. Líderes do PT, como o deputado federal Zeca Dirceu, acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governador por “atentado à soberania nacional”, em meio a denúncias de conexões com o CV.
No Congresso Nacional, a instalação da CPI do Crime Organizado no Senado, em 4 de novembro de 2025, com o senador Fabiano Contarato (PT-ES), delegado de carreira, eleito presidente, pode aprofundar as investigações. A comissão, articulada pelo governo Lula, visa mapear ramificações financeiras e conexões políticas de facções como o CV e milícias, com relatoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Analistas apontam que o caso de TH Joias pode ser o estopim para escrutínio sobre o Palácio Guanabara, elevando a pressão por transparência e reformas na segurança pública.
As possíveis delações de TH Joias, se confirmadas, poderiam desestabilizar alianças da direita no Rio, impactando candidaturas futuras, como a de Cláudio Castro ao Senado. O MPRJ e a PF mantêm sigilo sobre eventuais negociações de delação premiada, mas o prazo autoimposto pelo ex-deputado até o fim de novembro mantém o estado de alerta.
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