TCU cobra explicações do BC na liquidação do Master: Mercado expressa preocupação com independência
Decisão do ministro Jhonatan de Jesus pede esclarecimentos em 72 horas sobre possível precipitação na medida extrema adotada pelo Banco Central, enquanto entidades defendem autonomia do BC
A decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de questionar o Banco Central (BC) sobre a liquidação extrajudicial do Banco Master, decretada em novembro de 2025, tem gerado estranheza no mercado financeiro. O ministro Jhonatan de Jesus, relator do processo, concedeu prazo de 72 horas para que o BC apresente fundamentos técnicos e jurídicos que justificaram a medida, considerada extrema pela corte de contas.
Em despacho datado de 18 de dezembro de 2025, o ministro apontou indícios de que a atuação do BC pode ter se caracterizado por demora relevante na condução e no equacionamento de alternativas de mercado e, ao mesmo tempo, por precipitação na adoção da medida extrema de liquidação. Ele solicitou ainda uma linha do tempo das tratativas com possíveis soluções menos gravosas, como reorganização ou venda da instituição controlada pelo empresário Daniel Vorcaro.
A liquidação do Banco Master foi anunciada pelo BC em 18 de novembro de 2025, com base em grave crise de liquidez, comprometimento significativo da situação econômico-financeira e graves violações às normas do Sistema Financeiro Nacional. Investigações da Polícia Federal e do próprio BC identificaram fraudes estimadas em R$ 12,2 bilhões, envolvendo a venda de carteiras de crédito supostamente sem lastro ao Banco de Brasília (BRB).
Executivos e advogados consultados pelo mercado afirmam que esse tipo de intervenção do TCU em processos de liquidação não é comum, uma vez que a competência exclusiva para decretar liquidações extrajudiciais cabe ao Banco Central. Entidades como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) manifestaram plena confiança na atuação do BC e defenderam a preservação de sua autonomia e segurança jurídica.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou em entrevista recente que todos os passos no caso estão documentados e que a instituição está à disposição para esclarecimentos. “Do ponto de vista da questão do Master, sabia que esse é um caso que tem que ser absolutamente gabarito”, declarou Galípolo anteriormente.
O processo no TCU tramita sob sigilo desde meados de dezembro, após classificação como reservado devido a dados bancários sensíveis. Anteriormente, o caso envolveu representações do Ministério Público de Contas e questionamentos sobre a supervisão do BC em operações do Master, incluindo tentativas frustradas de venda para o BRB e, mais recentemente, uma proposta do grupo Fictor.
Apesar da surpresa inicial, participantes do mercado não esperam desdobramentos que alterem a situação do Banco Master, pelo menos no curto prazo. Integrantes do próprio TCU avaliam que a decisão repercutiu mal e aguardam possível recuo do relator.
O episódio reforça debates sobre os limites de atuação de órgãos de controle em decisões regulatórias do sistema financeiro, em um contexto de independência formal do Banco Central.
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