Suspeito de atirar em ex-delegado Ruy Ferraz Fontes é morto em confronto policial no Paraná
Avanço nas investigações: Oitavo envolvido no crime que chocou São Paulo é neutralizado em operação conjunta, mas três foragidos ainda desafiam a Justiça
Na manhã desta terça-feira (30), em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, Umberto Alberto Gomes, de 39 anos, foi morto após reagir a uma abordagem policial. Identificado como possível atirador na execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, Gomes era o oitavo suspeito apontado no caso e estava foragido desde o dia 23 de setembro, com mandado de prisão temporária expedido pela Justiça paulista. A operação, conduzida pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo em conjunto com a Polícia Civil do Paraná, resultou em confronto armado, sem feridos entre os agentes.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, confirmou a morte do suspeito em postagem nas redes sociais: “Um criminoso com passagens por roubo e organização criminosa foi identificado como possível atirador do assassinato do Dr. Ruy Ferraz Fontes. Ele fugiu para o Paraná, mas equipes da Polícia Civil o localizaram. Ele resistiu à prisão. Graças a Deus, nossos policiais estão bem”. Derrite destacou o planejamento meticuloso da ação policial, que iniciou diligências no sábado (27) e culminou na localização de Gomes em um conjunto habitacional popular.
Gomes foi ligado ao crime por perícia que identificou suas impressões digitais em um imóvel alugado em Mongaguá, no litoral paulista, usado como possível ponto de apoio pela quadrilha antes da execução. Com antecedentes criminais por roubo e associação a organização criminosa, ele é descrito pelas autoridades como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa pela qual Fontes era considerado inimigo declarado devido a sua trajetória de mais de 40 anos combatendo o crime organizado, especialmente na Baixada Santista e no ABC Paulista.
O crime que vitimou Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, ocorreu na noite de 15 de setembro, em Praia Grande, na Avenida Doutor Roberto de Almeida Vinhas. O ex-delegado, que ingressou na Polícia Civil nos anos 1980 e atuava como secretário de Administração da prefeitura local, foi vítima de uma emboscada planejada: perseguido em alta velocidade por veículos roubados, seu carro capotou após colisão com um ônibus. Criminosos efetuaram pelo menos 63 disparos de fuzil contra o veículo, em uma ação que demonstra conhecimento técnico e logística sofisticada. Imagens de câmeras de segurança capturaram a perseguição, e os carros usados foram abandonados, com um deles incendiado para destruir evidências.
O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, sob coordenação do delegado-geral Artur Dian, lidera as investigações em força-tarefa com o Deic e o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap). Até o momento, quatro suspeitos estão presos: Luiz Henrique Santos Batista (conhecido como Fofão, preso em 19 de setembro por auxiliar na fuga de um atirador), Rafael Marcell Dias Simões (Jaguar, que se entregou em 20 de setembro em São Vicente), Willian Silva Marques (dono da residência em Praia Grande de onde saiu um fuzil usado no crime, preso em 21 de setembro) e Dahesly Oliveira Pires (presa em 18 de setembro por buscar o armamento). Três permanecem foragidos: Felipe Avelino da Silva (Mascherano, com DNA no carro usado), Flávio Henrique Ferreira de Souza (DNA no veículo) e Luis Antonio Rodrigues de Miranda (suspeito de ordenar a busca pelo fuzil).
Foragidos: Felipe Avelino da Silva; Flávio Henrique Ferreira de Souza; Luiz Antonio Rodrigues de Miranda.
Presos: Dahesly Oliveira Pires; Luiz Henrique Santos Batista (Fofão); Rafael Marcell Dias Simões (Jaguar); Willian Silva Marques.
Morto: Umberto Alberto Gomes.
As motivações do crime ainda são investigadas, com duas linhas principais: o histórico de Fontes contra o PCC e possíveis disputas ligadas à sua função pública em Praia Grande. “Não vamos parar com as investigações até descobrirmos a real motivação do assassinato de Ruy Ferraz Fontes”, afirmou Artur Dian em coletiva recente, enfatizando o compromisso da Polícia Civil em desmantelar redes criminosas.
Nas redes sociais, o caso ganhou repercussão imediata. Postagens no X (antigo Twitter) de veículos como Metrópoles e Band News destacaram a morte de Gomes como um avanço, enquanto perfis independentes questionam se o confronto não seria uma forma de “queima de arquivo” para proteger mandantes maiores. O perfil @Ruptura_BR, por exemplo, atribuiu explicitamente o crime ao PCC, gerando debates sobre impunidade e segurança pública. A cobertura em portais como G1 e UOL reforça a necessidade de mais transparência, com análises apontando para o planejamento da quadrilha como indício de retaliação organizada.
Esse episódio reforça os desafios enfrentados por autoridades no combate ao crime organizado no Brasil, especialmente em regiões como o litoral paulista, onde Fontes dedicou grande parte de sua carreira. A operação no Paraná demonstra a colaboração interestadual essencial para capturas, mas também expõe a violência inerente a esses confrontos.
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