Suspeitas de propina e conexões criminosas: O envolvimento do Senador Ciro Nogueira em investigações sobre o PCC
Testemunhas e operações policiais colocam líder do PP no centro de polêmicas que envolvem crime organizado e setor de combustíveis – O que sabemos até agora?
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do Progressistas e ex-ministro-chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro, tem sido alvo de uma série de suspeitas que ganharam destaque em 2025. As acusações mais recentes surgiram no contexto da Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para investigar esquemas de lavagem de dinheiro envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC) e empresas do setor financeiro na Avenida Faria Lima, em São Paulo.
De acordo com relatos divulgados por veículos como o ICL Notícias, uma testemunha protegida afirmou que Nogueira teria recebido propina em dinheiro vivo de líderes do esquema criminoso, em agosto de 2024, para defender interesses junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A testemunha, em entrevista exclusiva ao ICL Notícias, detalhou que o pagamento foi entregue por Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, apelidado de “Beto Louco”, acusados de chefiar o esquema do PCC. A propina, supostamente transportada em uma sacola de papelão, estaria relacionada a ações para beneficiar o grupo em questões regulatórias no setor de combustíveis. O valor movimentado pelo esquema, segundo a PF, chega a R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, com mais de 350 mandados de busca e apreensão cumpridos.
Nogueira reagiu veementemente às alegações. Em nota oficial, o senador negou qualquer ligação com o PCC e classificou a reportagem do ICL Notícias como “fake news”. Ele enviou um ofício ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, solicitando investigação imediata da PF sobre as acusações e exigindo a apuração de possíveis vazamentos de informações sigilosas.
Além disso, Nogueira ameaçou processar o veículo de comunicação e divulgou o número de celular de um jornalista do ICL, o que gerou repúdio de entidades como o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). “Enquanto classifica a liberdade de imprensa como valor fundamental, Ciro Nogueira ofende o veículo que o procurou para cumprir uma regra de ouro do jornalismo: ouvir o outro lado”, afirmou o portal em nota.
Essas não são as primeiras suspeitas contra o parlamentar piauiense. Em julho de 2025, a PF pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para investigar Nogueira por supostas conexões com o empresário Fernando Oliveira Lima, dono da plataforma de apostas 7Games.bet, conhecida como “Tigrinho”.
Relatórios da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets revelaram transações financeiras suspeitas, incluindo um pagamento de R$ 3 milhões a um ex-assessor do senador, supostamente relacionado a negócios pessoais. A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) chegou a pedir a retirada de Nogueira da CPI das Bets para preservar a imparcialidade das apurações.
Histórico de investigações remonta à Operação Lava Jato, quando Nogueira foi citado por delatores da Odebrecht em 2017, acusado de integrar um esquema de desvios na Petrobras. Em 2018 e 2019, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis do senador em Teresina (PI), investigando o recebimento de R$ 43 milhões em propinas pelo PP em troca de apoio político nas eleições de 2014. Mais recentemente, em agosto de 2025, o ICL Notícias publicou sobre acusações de envolvimento em um esquema de “rachadinha” no PP, que também demandaria investigação.
Em fevereiro de 2025, a PF solicitou inquérito para apurar desvios em emendas parlamentares destinadas por Nogueira, integrando um contexto mais amplo de suspeitas sobre a “farra das emendas” no Congresso. Além disso, uma matéria de 2015 do Estadão mencionava empresas de combustível como Aster e Copape, com suspeitas envolvendo Nogueira e outros senadores, como Fernando Collor (PTB-AL), em operações antigas.
Nas redes sociais, como o X (antigo Twitter), as alegações geraram debates intensos. Usuários como @afranioboppre50 destacaram a denúncia de propina do PCC, enquanto outros, como @ciro_nogueira em postagens anteriores, negam veementemente as acusações. A discussão se estende a conexões políticas, com menções a reuniões com investidores onde Nogueira teria prometido desgastar o governo Lula e revisar isenções fiscais.
Até o momento, as investigações seguem em curso, sem conclusões definitivas. O senador afirma estar à disposição das autoridades e defende a transparência, inclusive abrindo sigilos bancários se necessário.
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