STF inicia julgamento do núcleo 4 da trama golpista: Foco em ações de desinformação eleitoral de 2022
Primeira Turma analisa sete réus acusados de espalhar fake news e atacar instituições para questionar as urnas; decisão pode reforçar responsabilidade na democracia brasileira
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deu início, nesta terça-feira (14), ao julgamento da ação penal contra o Núcleo 4 da trama golpista articulada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os sete réus, em sua maioria militares da reserva ou ativos, são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de coordenar uma rede de desinformação para disseminar notícias falsas sobre o processo eleitoral de 2022, promovendo ataques virtuais a instituições e autoridades democráticas.
O objetivo, segundo a acusação, era minar a credibilidade das urnas eletrônicas e pavimentar o caminho para uma ruptura institucional.A sessão, que começou às 9h no plenário da Primeira Turma, foi dedicada inicialmente às sustentações orais das defesas e da acusação, representada pela PGR.
A votação dos ministros está prevista para as sessões subsequentes, com datas reservadas para os dias 15, 21 e 22 de outubro, sob a presidência do ministro Flávio Dino. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, acompanhado pelos colegas Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Essa é a primeira análise de um núcleo da trama sob a presidência de Dino na Turma, marcando um momento chave na apuração dos eventos que culminaram nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Os réus respondem por graves crimes, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.
A PGR alega que o grupo utilizou estruturas militares e civis para manipular relatórios oficiais, impulsionar narrativas golpistas e coordenar ciberataques, com o intuito de gerar instabilidade social e questionar o resultado das eleições que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente.
Dentre os acusados, destacam-se:
Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva do Exército;
Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército;
Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército;
Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;
Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército, apontado por tentar manipular relatórios para alimentar a narrativa golpista;
Marcelo Araújo Bormevet, policial federal;
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal.
Nas redes sociais, o tema ganhou tração imediata, com veículos como a Agência Brasil e a Jovem Pan News transmitindo o julgamento ao vivo e destacando a importância do caso para a preservação da democracia.
Postagens no X (antigo Twitter) de perfis jornalísticos, como o da Tribuna do Norte e da EBC, enfatizaram o foco em desinformação eleitoral, gerando debates sobre o papel das Forças Armadas em contextos políticos. Blogs e portais como o Jota e o Metrópoles publicaram análises preliminares, reforçando que o núcleo atuava na propagação de fake news sobre as urnas para manter Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota nas urnas.
Até o momento, apenas o Núcleo 1 – que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus – resultou em condenações, com penas que somam décadas de prisão por tentativa de golpe. Os réus do Núcleo 4 não serão presos imediatamente em caso de condenação, pois as defesas poderão recorrer ao plenário do STF.
O cronograma prossegue com o julgamento do Núcleo 3 em 11 de novembro, composto pelos chamados “kids pretos” – grupo de oficiais radicais –, e do Núcleo 2 em dezembro, responsável por direcionar forças policiais e elaborar minutas golpistas. Já o Núcleo 5, formado pelo empresário Paulo Figueiredo – neto do ex-presidente da ditadura militar João Figueiredo –, aguarda data indefinida, uma vez que o réu reside nos Estados Unidos e não apresentou defesa.
Especialistas em direito constitucional consultados por veículos como a BBC Brasil e o Congresso em Foco veem no julgamento uma oportunidade para o STF consolidar precedentes contra a desinformação como ferramenta de desestabilização democrática. “Esse núcleo revela como a mentira organizada pode corroer as bases da República”, comentou um analista em postagem no X da Revista Fórum. A tramitação acelerada reflete o compromisso da Corte em concluir as análises dos 23 réus restantes ainda em 2025, após a condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão.
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