STF autoriza PF a realizar buscas na 13ª Vara Federal de Curitiba em investigação sensível
Em ação determinada pelo ministro Dias Toffoli, a PF busca provas de irregularidades em investigações antigas, reacendendo debates sobre transparência no Judiciário.
A Polícia Federal (PF) iniciou, na manhã desta quarta-feira, o cumprimento de mandados de busca e apreensão na 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná, em uma operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação, determinada pelo ministro Dias Toffoli, visa obter documentos e materiais que não teriam sido enviados à Corte Suprema, relacionados a investigações anteriores à Operação Lava Jato e a gravações autorizadas pelo então juiz Sérgio Moro, atual senador pelo União Brasil-PR.
De acordo com fontes oficiais e relatos em tempo real nas redes sociais, os agentes da PF chegaram ao prédio da Justiça Federal na Avenida Anita Garibaldi, 888, no bairro Cabral, por volta das 10h (horário de Brasília). O foco da operação é resgatar arquivos que podem esclarecer denúncias de irregularidades em processos históricos, incluindo possíveis “sumidouros” de recursos, como apontado por juristas em análises recentes. A 13ª Vara, que ganhou notoriedade como epicentro da Lava Jato sob a condução de Moro entre 2014 e 2018, tem sido alvo de escrutínio contínuo pelo STF devido a questionamentos sobre a condução de casos envolvendo figuras com foro privilegiado.
A determinação do STF surge no contexto de denúncias apresentadas por Tony Garcia, delator em investigações passadas, que alegam desvios e omissões em documentos da vara. Em outubro de 2025, o ministro Toffoli já havia autorizado buscas semelhantes, destacando a necessidade de transparência em um comunicado interno: “A busca visa à apuração de fatos que demandam a preservação da integridade das provas”. Essa fase atual, no entanto, intensifica o escopo, abrangendo gravações e registros eletrônicos autorizados durante a gestão de Moro, conforme reportado por veículos como o Diário do Poder e a Revista Fórum.
Nas redes sociais, a notícia se espalhou rapidamente. O jornalista Renato Rovai, em postagem no X (antigo Twitter), alertou: “URGENTE: A PF está fazendo neste momento uma BUSCA E APREENSÃO na 13ª Vara de Curitiba. A busca foi determinada pelo Supremo Tribunal. Ou seja alguém com foro no Supremo é que está sendo investigado”.
Da mesma forma, o perfil Camarote da República detalhou: “A PF cumpre ordem de Dias Toffoli e realiza busca e apreensão na 13ª Vara Federal de Curitiba para obter documentos nunca enviados ao STF. O material envolve investigações anteriores à Lava Jato e gravações autorizadas por Sérgio Moro”. O Brasil 247 também confirmou a operação em reportagem exclusiva, ligando-a diretamente ao legado da Lava Jato: “PF realiza operação na 13ª Vara de Curitiba”.
Essa não é a primeira vez que a 13ª Vara atrai atenções do STF. Em 2023, a Corregedoria Nacional de Justiça promoveu uma correição extraordinária na unidade, investigando procedimentos administrativos. Juristas como Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), em declaração à Revista Fórum em outubro, criticaram a demora na cobertura midiática: “A 13ª vara, existe um sumidouro, é muito importante essa busca e apreensão que está sendo feita agora”. Kakay, conhecido defensor em casos de grande repercussão, enfatizou que a ação pode abrir caminho para uma “devassa sobre a real extensão das irregularidades cometidas em Curitiba”.
O senador Sérgio Moro, que atuou como juiz titular da vara durante os anos de auge da Lava Jato, não se pronunciou imediatamente sobre a operação. Em entrevistas passadas, ele defendeu a lisura dos processos: “Todas as decisões foram baseadas em provas concretas e no interesse público”.
Especialistas em direito processual consultados, como o professor da Universidade Federal do Paraná Ivan Luiz da Silva, destacam que operações como essa reforçam o papel fiscalizador do STF sobre instâncias inferiores. “É um mecanismo para garantir a cadeia de custódia de provas, especialmente em casos com potencial político”. A operação ocorre em um momento delicado para o Judiciário, com debates sobre a extensão do foro privilegiado e a revisão de condenações da Lava Jato, anuladas em parte pelo STF em 2021.
Até o momento, não há prisões ou indiciamentos decorrentes da busca, mas o material coletado – incluindo computadores, arquivos e possíveis mídias – será analisado pela PF em Brasília. A expectativa é que o relatório preliminar seja enviado ao STF em até 30 dias, podendo envolver a Procuradoria-Geral da República (PGR) se nomes com foro forem citados.
Essa ação reacende discussões sobre accountability no sistema de justiça brasileiro, onde a Lava Jato recuperou bilhões em recursos públicos, mas também foi criticada por excessos e parcialidades, conforme relatórios da Transparência Internacional.
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