Silas Malafaia entra na mira da PF por obstrução de Justiça em inquérito sobre golpe
Pastor evangélico é investigado por articular pressões contra o STF no julgamento de Jair Bolsonaro
No mais recente desdobramento das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o pastor evangélico Silas Malafaia foi incluído pela Polícia Federal (PF) em um inquérito que apura manobras de obstrução da Justiça.
A decisão, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, coloca o líder religioso como uma das figuras centrais em supostas tentativas de pressionar o Judiciário durante o julgamento da trama golpista. A notícia, inicialmente divulgada pela GloboNews, foi confirmada pelo próprio Malafaia em suas redes sociais, onde ele negou as acusações e criticou duramente o STF.
Contexto da investigação
O inquérito, instaurado em maio de 2025 por ordem de Alexandre de Moraes, busca esclarecer ações de coerção no curso do julgamento de Jair Bolsonaro, além de tentativas de abolição do Estado de Direito e obstrução de investigações sobre uma possível organização criminosa.
Segundo a PF, Malafaia estaria envolvido na articulação de sanções internacionais contra o Brasil, como a proposta de um tarifaço de 50% sobre importações brasileiras aos Estados Unidos e a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes. Essas ações teriam como objetivo forçar o STF a recuar no julgamento.
Além de Malafaia, outras figuras públicas estão na mira da investigação, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, o jornalista Paulo Figueiredo e o próprio Jair Bolsonaro.
Um evento marcante citado no caso ocorreu em 3 de agosto, quando Bolsonaro participou virtualmente de um ato organizado por Malafaia na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O ministro Alexandre de Moraes considerou a participação uma violação de medidas cautelares, determinando a prisão domiciliar do ex-presidente no dia seguinte.
Reação de Silas Malafaia
Em um vídeo publicado em suas redes sociais na quinta-feira, 14 de agosto de 2025, Silas Malafaia reagiu à inclusão de seu nome no inquérito. Ele afirmou ter tomado conhecimento da investigação pela imprensa e negou qualquer participação nos crimes apontados. No vídeo, o pastor lançou duras críticas ao STF e, em especial, a Alexandre de Moraes, a quem chamou de “ditador de toga”. "Ele [Moraes] institui o crime de opinião, e agora nós estamos vendo a Polícia Federal promover perseguição. A Polícia Federal virou Gestapo, do nazismo? Virou KGB, da União Soviética?", disparou Malafaia, em tom de indignação.
Histórico de polêmicas
Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, é uma figura conhecida no meio evangélico e político brasileiro. Nos últimos anos, ele se consolidou como uma das principais vozes de oposição ao STF entre os religiosos, frequentemente utilizando suas plataformas para criticar decisões judiciais e defender pautas conservadoras alinhadas ao bolsonarismo.
Sua participação em atos públicos e sua proximidade com a família Bolsonaro o colocaram no centro de diversas controvérsias, especialmente no contexto das investigações sobre os eventos que culminaram na tentativa de golpe após as eleições de 2022.
De acordo com informações levantadas em redes sociais e portais de notícias, como a revista Veja, Malafaia tem utilizado sua influência para mobilizar apoiadores contra o que chama de “censura” e “perseguição” por parte do Judiciário. Em publicações recentes no Twitter, ele reiterou seu posicionamento, acusando o STF de agir de forma autoritária contra opositores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Implicações políticas
A inclusão de Malafaia no inquérito da PF intensifica o clima de tensão entre o STF e setores da direita brasileira, especialmente aqueles ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Analistas políticos ouvidos por jornais como Folha de S.Paulo apontam que a investigação pode ampliar a polarização no país, com líderes religiosos e políticos utilizando o caso para reforçar narrativas de vitimização. Além disso, a menção a sanções internacionais, como a Lei Magnitsky, levanta questões sobre a possível interferência externa em assuntos judiciais brasileiros, algo que ainda precisa ser esclarecido pelas autoridades.
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Palavras-Chave
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STF
Obstrução de Justiça
Tentativa de Golpe
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Lei Magnitsky
Estado de Direito
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