Senadora dos EUA pressiona por divulgação de registros de voo de Jeffrey Epstein
Marsha Blackburn solicita transparência total sobre associados do financista envolvido em tráfico sexual e amigo pessoal de Trump
A senadora norte-americana Marsha Blackburn, do Tennessee, intensificou os esforços para a divulgação completa dos registros de voo e outros documentos relacionados ao financista Jeffrey Epstein, condenado por tráfico sexual. Em carta dirigida ao recém-nomeado diretor do FBI, Kash Patel, e ao comissário interino do IRS, Douglas O'Donnell, Blackburn exige a liberação de registros não editados que possam identificar indivíduos associados às atividades criminosas de Epstein.
"Esta informação é crucial para identificar todos os indivíduos que possam ter participado das condutas abomináveis de Jeffrey Epstein e já deveria ter sido tornada pública", afirmou Blackburn em sua correspondência. "As sobreviventes dos crimes horrendos de Epstein buscam transparência e responsabilização; elas — e o povo americano — merecem nada menos."
A senadora solicita especificamente que o FBI forneça os registros completos dos voos dos jatos e helicópteros de Epstein, incluindo o notório "livro negro" de Ghislaine Maxwell, que contém nomes e contatos de figuras proeminentes. Além disso, Blackburn pede a divulgação de quaisquer documentos do IRS que revelem nomes de indivíduos ou entidades que mantiveram relações financeiras com Epstein ou Maxwell. O FBI disponibilizou os arquivos do caso, mas eles estão censurados. CLIQUE AQUI para conferir
Durante sua audiência de confirmação no mês passado, Patel comprometeu-se a colaborar com Blackburn para aumentar a transparência em relação aos arquivos de Epstein. No entanto, permanece incerto até que ponto o FBI divulgará essas informações, considerando preocupações anteriores sobre a liberação de dados pessoais de indivíduos que se encontraram com Epstein, mas que não cometeram atos criminosos.
A procuradora-geral Pam Bondi também revelou recentemente que a lista de clientes de Epstein está sob sua análise para possível divulgação. "Está na minha mesa para revisão", declarou Bondi em entrevista à Fox News. "Isso foi uma diretiva do presidente Trump."
Epstein, que mantinha conexões em círculos influentes, foi encontrado morto em sua cela em Manhattan em agosto de 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações federais de tráfico sexual de menores. Sua morte foi oficialmente declarada como suicídio.
A pressão por transparência aumentou após a divulgação de documentos judiciais que mencionam nomes de figuras proeminentes associadas a Epstein. Entre os citados estão o ex-presidente Bill Clinton, o príncipe Andrew e o presidente Donald Trump. Embora a presença desses nomes nos registros não implique necessariamente em conduta criminosa, a divulgação completa dos documentos é vista como essencial para esclarecer o alcance das atividades de Epstein e identificar possíveis cúmplices.
A senadora Blackburn enfatiza que a divulgação desses registros é fundamental para desmantelar redes de tráfico humano e garantir justiça para as vítimas. "Não se trata de celebridades — trata-se do que aconteceu com as vítimas e sobreviventes", afirmou. "Precisamos identificar todos os envolvidos para responsabilizá-los e prevenir futuros abusos."
A comunidade internacional aguarda ansiosamente a decisão das autoridades sobre a liberação desses documentos, que podem lançar luz sobre um dos casos mais controversos das últimas décadas.
Histórico de Jeffrey Epstein e envolvimentos notórios
Jeffrey Epstein, nascido em 1953, iniciou sua carreira como professor de matemática e física na prestigiada Dalton School, em Nova York. Posteriormente, ingressou no setor financeiro, trabalhando no banco de investimentos Bear Stearns, antes de fundar sua própria empresa, J. Epstein & Co., que gerenciava fortunas de clientes bilionários. Epstein era conhecido por suas conexões com figuras influentes, incluindo políticos, celebridades e membros da realeza.
Em 2008, Epstein foi condenado por solicitar prostituição de uma menor, resultando em uma sentença controversa que lhe permitiu cumprir apenas 13 meses de prisão com permissões diárias para trabalhar fora. As críticas a esse acordo reacenderam investigações sobre suas atividades, culminando em sua prisão em 2019 por acusações federais de tráfico sexual de menores. Antes de enfrentar julgamento, Epstein foi encontrado morto em sua cela, em um aparente suicídio.
Entre os associados de Epstein destacam-se:
Príncipe Andrew: O duque de York enfrentou alegações de envolvimento com uma das vítimas de Epstein, Virginia Giuffre, que afirmou ter sido coagida a manter relações com o príncipe quando era menor de idade. Andrew negou as acusações, mas chegou a um acordo financeiro com Giuffre em 2022 para encerrar o processo civil.
Bill Clinton: O ex-presidente dos EUA viajou em várias ocasiões no jato particular de Epstein, incluindo viagens humanitárias à África no início dos anos 2000. Clinton afirmou desconhecer as atividades criminosas de Epstein e lamentou ter se associado a ele.
Donald Trump: O ex-presidente dos EUA conheceu Epstein nos anos 1990 e foi fotografado em eventos sociais ao seu lado. Trump afirmou ter rompido relações com Epstein há muitos anos e negou qualquer envolvimento em suas atividades ilegais.
Ghislaine Maxwell: Socialite britânica e ex-companheira de Epstein, Maxwell foi considerada cúmplice nos crimes de tráfico sexual, atuando no recrutamento e abuso de meninas menores de idade. Em 2021, foi condenada a 20 anos de prisão por seu papel nos crimes.
A recente pressão por transparência, liderada por figuras como a senadora Marsha Blackburn e a procuradora-geral Pam Bondi, visa esclarecer a extensão das atividades criminosas de Epstein e identificar todos os envolvidos em sua rede de tráfico sexual. A divulgação completa dos registros de voo e outros documentos relacionados é considerada crucial para proporcionar justiça às vítimas e prevenir futuros abusos.
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