Senador Marcos Rogério descarta hipótese de golpe por Bolsonaro e revela apelo para reavaliar candidatura em 2026
Parlamentar rondoniense critica falhas na comunicação com militantes após eleições de 2022 e destaca cenário de instabilidade política com ex-presidente em prisão domiciliar – assista à íntegra
O senador Marcos Rogério (PL-RO) concedeu uma entrevista reveladora ao jornalista Robson Oliveira no podcast Resenha Política, produzido em parceria exclusiva com o jornal Rondônia Dinâmica. A conversa completa você confere abaixo, mas trechos adiantados já geraram repercussão no cenário político nacional, especialmente em meio ao contexto de instabilidade envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar desde agosto deste ano, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por descumprimento de medidas cautelares relacionadas às investigações sobre tentativa de golpe de Estado.
Questionado sobre as acusações de que Bolsonaro teria tentado um golpe após as eleições de 2022, Marcos Rogério foi enfático ao descartar a ideia. “Não. Tentar dar o golpe, não. Essa tese de golpe, pra mim, era uma tese inexistente”, afirmou o senador, alinhando-se à defesa de que não houve intenções golpistas por parte do ex-líder do Executivo.
No entanto, o parlamentar reconheceu erros na condução do processo pós-eleitoral, particularmente no relacionamento com os apoiadores que se manifestaram em diversas cidades. “Com aquele pessoal que estava nas manifestações, eu acho que houve erro. Tinha que ter falado, tinha que ter vindo a público, dado uma palavra a toda aquela militância”, destacou, apontando para uma falha de comunicação que poderia ter evitado escaladas de tensão.
Um dos pontos mais impactantes da entrevista foi o relato de conversas recentes entre Marcos Rogério e Bolsonaro. Segundo o senador, o ex-presidente, que enfrenta restrições como proibição de uso de redes sociais e visitas não autorizadas, fez um apelo pessoal para que reavaliasse seus planos políticos para as eleições de 2026. “Novamente ele faz um pedido, e foi um apelo que ele me fez. Depois dele escrever na minha camisa, ele conversou comigo, me fez um apelo que se o cenário permanecesse como está hoje, essa situação conturbada de Supremo Tribunal Federal mandando prender a toda hora aliados — o próprio presidente Bolsonaro hoje está preso domiciliarmente — que eu reavaliasse, de repente, a possibilidade de ser candidato ao Senado Federal”, declarou Marcos Rogério.
Essa revelação ganha peso em um momento em que o PL e aliados discutem estratégias para as próximas eleições, com Bolsonaro inelegível até 2030 por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e sob pressão de investigações no STF.
O podcast Resenha Política, apresentado por Robson Oliveira, tem se consolidado como uma referência em Rondônia e além, com crescimento expressivo nas mídias sociais e entrevistas com figuras chave da política local e nacional, como a primeira-dama Luana Rocha, e o secretário Elias Rezende de Oliveira. Em edições anteriores, temas como a crise no governo de Rondônia, a BR-319 e disputas internas na direita foram abordados, reforçando o papel do programa em debater questões regionais com impacto nacional.
O contexto da prisão domiciliar de Bolsonaro, imposta após sua participação virtual em manifestações pró-direita em agosto, intensifica o debate sobre soberania e interferências externas. A medida judicial gerou reações internacionais, incluindo tarifas impostas pelos Estados Unidos sob o governo de Donald Trump, que criticou o que chamou de "perseguição" ao ex-aliado, elevando tensões diplomáticas entre Brasil e EUA. No Brasil, discussões sobre anistia e a possibilidade de Bolsonaro disputar 2026 persistem, com apoiadores argumentando que sua ausência nas urnas seria um "golpe à democracia".
Marcos Rogério, presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado e figura proeminente da direita em Rondônia, tem sido cotado para cargos executivos, mas o apelo de Bolsonaro sugere uma estratégia de continuidade no Legislativo para fortalecer o bloco oposicionista. Em postagens recentes nas redes sociais, o senador reiterou sua defesa pela liberdade e criticou processos judiciais que considera parciais.
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