Rueda, do União Brasil é apontado como intermediário em venda de empresa ligada a foragidos acusados de vínculos com o PCC
Antônio Rueda teria participado de reunião em Brasília para negociar a empresa de gás TankGás, conectada a ‘Beto Louco’ e ‘Primo’, apontados como líderes de megaesquema de lavagem de dinheiro
Uma complexa teia envolvendo política, negócios e o crime organizado coloca o presidente nacional do União Brasil, “Antonio Rueda”, no centro de uma grave acusação. Segundo relatos de três importantes líderes do mercado de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), que preferiram não se identificar por temerem represálias, Rueda teria atuado como intermediário na negociação de venda de uma empresa de gás de cozinha ligada a foragidos da justiça, acusados de comandar um esquema bilionário de lavagem de dinheiro a serviço do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A denúncia, revelada por uma investigação do ICL Notícias, aponta que em abril de 2024, “Antonio Rueda” convidou um executivo do setor para uma reunião em Brasília. No encontro, estava presente “Roberto Augusto Leme da Silva”, mais conhecido como “Beto Louco”, que se apresentou como investidor da empresa “TankGás”. O objetivo da reunião era claro: encontrar um comprador para a operação da empresa, que vinha causando grande incômodo no setor por suas práticas comerciais agressivas.
De acordo com as fontes, “Beto Louco” teria colocado um preço para a saída dele e de seus sócios do mercado: R$ 60 milhões. O executivo convidado, no entanto, teria se recusado a levar a proposta adiante, assustado com o envolvimento de Rueda e a já conhecida reputação do vendedor.
Um mês após a suposta reunião, em maio de 2024, os ativos da “TankGás” foram vendidos para a empresa paulista “Consigaz”.
Os acusados e a negação de Rueda
“Beto Louco” e seu sócio, “Mohamad Hussein Mourad”, o “Primo”, são considerados foragidos pela Justiça. A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo os apontam como líderes de uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro que utilizava fraudes fiscais no setor de combustíveis e fundos de investimento no coração financeiro do país, a Faria Lima.
Procurado pela reportagem, “Antonio Rueda” negou categoricamente sua participação. “Repudio de forma veemente essas insinuações levianas e politizadas. Desconheço qualquer reunião ou tratativa mencionada e nego, categoricamente, qualquer vínculo com o que foi citado”, afirmou o presidente do União Brasil. Ele complementou: “Nunca tive nenhuma reunião sobre esse tema, não conheço essa empresa. (...) Minha trajetória empresarial e política é pautada pela transparência, responsabilidade e trabalho”. Apesar de questionado três vezes, Rueda não respondeu se conhece “Beto Louco” ou “Primo”.
As investigações também revelam que Rueda e os dois foragidos utilizavam jatos da mesma empresa de táxi aéreo, a “TAP (Táxi Aéreo Piracicaba)”. Um ex-piloto da companhia afirmou em depoimento à PF que o político seria sócio oculto de aeronaves, o que ele também nega.
A venda e as conexões suspeitas
A “Consigaz”, que adquiriu os ativos da “TankGás”, afirmou que a compra foi estratégica e que as tratativas ocorreram com representantes da “Ruby Capital”. A empresa de gás nega ter negociado diretamente com “Beto Louco” ou “Primo”.
O elo se torna ainda mais preocupante ao se verificar que o CNPJ da “Ruby Capital” é o mesmo do fundo “Altinvest Asset”, um dos alvos da “Operação Carbono Oculto” por suspeita de lavar dinheiro para o PCC. O advogado “Rogério Garcia Peres”, que lidera o fundo, é apontado pelo MP-SP como peça importante nas “dinâmicas fraudulentas” do esquema.
O “Modus Operandi” e o risco regulatório
A “TankGás” se beneficiava de uma controversa lei do Paraná que permite a distribuidoras encherem botijões de outras marcas, prática vetada por uma norma federal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com isso, a empresa envasava botijões no Paraná e os transportava para São Paulo, gerando uma concorrência considerada desleal pelo setor.
O caso ganha contornos ainda mais amplos com a informação de que a ANP estuda flexibilizar as regras em nível nacional, permitindo a prática que favoreceu a “TankGás”. Especialistas, como o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (SindiGás), “Sergio Bandeira de Mello”, alertam que “baixar a régua” da exigência regulatória “pode atrair ainda mais o crime organizado” para o setor.
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