Ao refletir sobre o tema a ser discorrido neste artigo, lembrei-me de dois personagens incríveis da nossa historiografia: Nelson Rodrigues e Sérgio Porto. Ambos cronistas de olhar aguçado sobre as nuanças da alma humana, em especial suas fraquezas e contradições. O primeiro, por meio de suas crônicas e peças teatrais, explorava temas como paixão, ciúme, inveja e o desejo de poder. O segundo, também conhecido como Stanislaw Ponte Preta, satirizava as idiossincrasias da sociedade brasileira, como falta de bom senso, superficialidade e hipocrisia.
Não me lembro de ter visto nas citações de ambos qualquer referência direta sobre a estupidez humana. Porém é comum encontrar nelas temas recorrentes relacionados com a questão. Fato é que eles muito contribuíram para reflexões sobre a natureza do homem e suas contradições. Coincidentemente, recebi por WhatsApp um texto bastante interessante, denominado “A Estupidez Coletiva”. Suas conclusões em muito coincidem com fatos hoje vividos em nosso país, sobejamente explorados nas criações de Nelson Rodrigues e Sérgio Porto.
O artigo cita Dietrich Bonhoeffer, teólogo luterano alemão, resistente ao nazismo, e Carlo Cipolla, historiador e economista italiano. Um e outro vivenciaram circunstâncias turbulentas, que os fizeram refletir sobre um fenômeno que transcende épocas e fronteiras: a estupidez coletiva. A partir de suas observações sobre o totalitarismo e as crises sociais, os pensadores buscaram saber como ideias irracionais e comportamentos destrutivos podem se disseminar, a ponto de afetar toda a sociedade, sem distinção de classe, religião ou conhecimentos.
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