PSDB e MDB discutem fusão em meio a disputas internas; em RO, mudaria o cenário
Aécio Neves pressiona por união com MDB, enquanto presidente nacional Marconi Perillo prefere aproximação com PSD; decisão pode impactar candidaturas em 2026
O PSDB realiza nesta quarta-feira uma reunião crucial com o MDB para avaliar uma possível fusão entre os partidos, em um cenário marcado por divergências internas. O encontro, que acontece na sede do MDB, expõe o embate entre duas forças dentro do partido tucano: de um lado, o deputado federal Aécio Neves, defensor da fusão com o MDB, e de outro, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, que prefere uma aliança com o PSD de Gilberto Kassab.
A disputa não se resume apenas a preferências partidárias. Em Minas Gerais, Aécio Neves vê na aproximação com o PSD um obstáculo para seus planos de concorrer ao Senado em 2026, já que o partido possui figuras expressivas no estado, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro Alexandre Silveira.
Por sua vez, Perillo enfrenta seus próprios dilemas em Goiás, onde pretende voltar ao governo do estado e vê no MDB a presença do vice-governador Daniel Vilela, ligado ao seu rival político Ronaldo Caiado.
A decisão sobre a fusão também impacta diretamente o futuro de governadores tucanos como Raquel Lyra (Pernambuco) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), que cogitavam migrar para o PSD visando a reeleição em 2026.
Com as negociações em curso, ambos suspenderam temporariamente seus planos de desfiliação, aguardando o desfecho das conversações que podem redefinir o posicionamento do PSDB no cenário político nacional.
Em Rondônia, ambas as legendas estão enfraquecidas
O MDB em Rondônia atravessa uma crise sem precedentes em sua história, incluindo a possível mudança de legenda do atual presidente, Lúcio Mosquini para o Republicanos, por discordar do apoio da legenda ao governo Lula. Já os tucanos, estão sob a responsabilidade do ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, que assumiu o comando do partido no início do ano passado.
Hildon sonha em ser candidato ao governo e o MDB deve trocar o comando, tão logo Mosquini deixe o partido. O nome em evidência para assumir o controle é do ex-senador e ex-ministro da Previdência, Amir Lando, conforme divulgou o jornalista Alan Alex em sua coluna Painel Político, da última terça-feira. No caso de uma eventual fusão, o cenário deve mudar, assim como as composições para governo e Senado.