Promotores americanos querem pena de morte para brasileiro acusado de sequestro e morte de ex-namorada
Atualização no caso Cassie Carli: Julgamento federal pode definir o destino de Marcus Spanevelo
Em um desdobramento que reacende o debate sobre violência doméstica e justiça criminal nos Estados Unidos, promotores federais do Alabama anunciaram, no último domingo (6 de outubro de 2025), a intenção de buscar a pena de morte contra o brasileiro Marcus Spanevelo, de 37 anos, pelo sequestro e morte de sua ex-namorada, a americana Cassie Carli. O caso, que chocou comunidades na Flórida e no Alabama desde 2022, ganhou contornos federais com uma acusação de sequestro interestadual resultando em morte, formulada por um grande júri federal no Distrito Norte do Alabama.
Spanevelo, que se declarou não culpado em audiência no dia 2 de outubro de 2025, é acusado de ter raptado Carli durante um encontro para troca de custódia de sua filha de 4 anos, em 27 de março de 2022, no estacionamento de um restaurante em Navarre Beach, na Flórida. O corpo da vítima, de 37 anos, foi encontrado dois dias depois de sua prisão, em 2 de abril de 2022, em uma cova rasa dentro de um celeiro em Springville, no condado de St. Clair, Alabama. As investigações apontam que Spanevelo transportou o corpo através da fronteira estadual, o que elevou o crime à jurisdição federal, com acusações adicionais de abuso de cadáver.
De acordo com documentos do Departamento de Justiça dos EUA, Spanevelo teria usado um veículo GMC e um celular para cometer o crime, transportando Carli da Flórida para o Alabama, onde a morte ocorreu. Ele foi preso inicialmente em 1º de abril de 2022, no Tennessee, sob suspeita de obstrução de justiça e tentativa de adulteração de evidências, incluindo o envio de mensagens falsas do telefone de Carli para simular que ela estava viva. Acusações estaduais na Flórida foram arquivadas em outubro de 2022 para priorizar o processo no Alabama, onde o caso é considerado mais grave.
O casal, que compartilhava a guarda da filha em meio a uma disputa judicial acirrada, tinha um histórico de tensões. Amigos e familiares de Carli relataram que Spanevelo, natural de São Paulo e residente nos EUA, ameaçava levar a criança de volta ao Brasil, o que aumentava os temores da vítima. Semanas antes do desaparecimento, Carli havia iniciado os trâmites para obter porte de arma, citando o comportamento imprevisível do ex-companheiro. “Ela falou comigo uma semana antes do desaparecimento sobre, você sabe, ‘Marcus tem sido muito legal ultimamente, mas ainda acho que vou seguir em frente e obter essa permissão’”, relembrou Raeann Carli, irmã da vítima, em depoimento à imprensa. “Ele não teve nenhuma explosão recentemente. Caso contrário, ela teria essa arma escondida também.”
O xerife do condado de Santa Rosa, Bob Johnson, que liderou as investigações iniciais na Flórida, expressou alívio com o indiciamento federal, mas enfatizou a preferência por prisão perpétua em vez da pena capital. “A pena de morte seria rápida demais para Marcus Spanevelo”, declarou Johnson em 2023, destacando o sofrimento prolongado como uma punição mais adequada. Postagens recentes nas redes sociais, como as do Pensacola News Journal (PNJ), reforçam o clamor por justiça, com chamadas como “Justiça para Cassie Carli!” circulando em grupos de apoio à vítima.
O caso de Carli inspirou mudanças legislativas significativas. Em junho de 2023, o governador da Flórida, o republicano Ron DeSantis, sancionou a Lei Cassie Carli, que obriga tribunais a designarem locais seguros e monitorados por vídeo para trocas de custódia de crianças em casos de divórcio ou separação. A medida visa prevenir incidentes semelhantes, exigindo iluminação adequada e supervisão em estacionamentos autorizados. Essa legislação reflete o impacto duradouro da tragédia, com familiares e ativistas continuando a homenagear Carli em memoriais anuais, como o postado pela organização A Voice For The Voiceless em abril de 2025, que destacou: “Cassie nunca será esquecida e nunca pararemos de buscar justiça em seu nome”.
Enquanto o Departamento de Justiça revisa a aplicação da pena de morte – uma prática reintegrada por ordem executiva do presidente Donald Trump em janeiro de 2025 –, Spanevelo permanece detido na prisão federal de St. Clair County, aguardando julgamento. O processo federal pode resultar em prisão perpétua ou execução, dependendo do veredicto. Especialistas em direito criminal observam que o caso destaca falhas em sistemas de proteção a vítimas de violência doméstica, especialmente em disputas internacionais de custódia.
Detalhes do crime
O crime ocorreu durante uma troca de custódia rotineira da filha do casal, Saylor, de 4 anos, no estacionamento do restaurante Mattie’s, em Navarre Beach, Flórida. Cassie Carli chegou ao local por volta das 19h de 27 de março de 2022, vestindo uma blusa preta e jeans. Testemunhas relataram que ela se aproximou do SUV GMC de Spanevelo, mas nunca retornou ao seu próprio veículo, um Honda Civic.
De acordo com as investigações, Spanevelo a sequestrou à força, dirigiu cerca de 500 quilômetros até um celeiro em Springville, Alabama – uma propriedade que ele possuía –, onde a matou. A autópsia, divulgada em outubro de 2022, não classificou a morte como homicídio de forma conclusiva, mas as autoridades presumem estrangulamento ou asfixia com base em evidências circunstanciais, como lesões no pescoço.
Após a morte, ele enterrou o corpo em uma cova rasa no celeiro e tentou encobrir o crime enviando mensagens falsas do celular de Carli para amigos e familiares, simulando que ela estava bem. Spanevelo também destruiu evidências, incluindo o telefone dela, o que levou às acusações iniciais de adulteração de provas.
Linha do tempo do caso
Outubro de 2018: Cassie Carli obtém uma ordem de proteção temporária contra Marcus Spanevelo em um tribunal da Flórida, devido a comportamentos abusivos.
27 de março de 2022: Cassie desaparece durante a troca de custódia da filha no estacionamento de um restaurante em Navarre Beach, Flórida.
28 de março de 2022: Familiares reportam o desaparecimento de Cassie às autoridades.
1º de abril de 2022: Spanevelo é preso no Tennessee por suspeita de adulteração de evidências e obstrução de justiça.
2 de abril de 2022: O corpo de Cassie é encontrado em uma cova rasa em um celeiro em Springville, Alabama.
13 de abril de 2022: Spanevelo renuncia à extradição voluntariamente.
18 de abril de 2022: Ele é transferido de volta ao condado de Santa Rosa, Flórida.
19 de abril de 2022: Primeira audiência em tribunal; Spanevelo enfrenta acusações iniciais.
Outubro de 2022: Acusações na Flórida são arquivadas para priorizar o caso no Alabama.
6 de dezembro de 2022: Indiciamento por abuso de cadáver no Alabama.
25 de janeiro de 2023: Indiciamento federal por sequestro resultando em morte.
Junho de 2023: O governador Ron DeSantis sanciona a Lei Cassie Carli.
2 de outubro de 2025: Spanevelo se declara não culpado em audiência federal.
6 de outubro de 2025: Promotores anunciam intenção de buscar pena de morte.
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