Por que o X não está na parceria de big techs e STF no combate às fake news?
Por Sthefano Scalon Cruvinel*
O recente acordo entre o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil e seis das maiores empresas de tecnologia – YouTube, Google, Meta (controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp), TikTok, Microsoft e Kwai – representa um avanço significativo na luta contra as Fake News. Este compromisso, parte do Programa de Combate à Desinformação do STF, criado em 2021, é um passo crucial para mitigar os impactos negativos na sociedade. No entanto, a ausência da X (antiga Twitter), de Elon Musk, levanta questões sobre a abrangência e a eficácia dessa iniciativa.
Recentemente, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) conduziu um estudo abrangente com mais de 40 mil pessoas em 21 países, incluindo Brasil, Colômbia, Finlândia, Itália, Japão, Portugal e Estados Unidos, para avaliar a capacidade das pessoas em distinguir entre notícias verdadeiras e falsas em uma interface semelhante a uma rede social. Em média, 60% dos participantes conseguiram distinguir informações verdadeiras de falsas, enquanto o Brasil ficou abaixo da média global, com 54% de sucesso. Além disso, 71% dos entrevistados reconheceram a sátira como a forma mais fácil de identificar notícias falsas, mas no Brasil, 57% tiveram dificuldade em distinguir sátira de verdade.
Essa pesquisa nos traz fortes insumos sobre a importância e urgência no combate à disseminação de fake news nas redes sociais. Entretanto, temos um agravante ainda neste contexto: estamos em ano de eleições municipais. Se usarmos como histórico recente do nosso país, podemos observar que em 2018 e 2022 tivemos uma circulação significativa de notícias falsas.
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