Política antitarifaço: entre a diplomacia e a crise fiscal
Por Hugo Garbe*
Ainda não há uma data para o anúncio das medidas que o governo promete para atenuar os impactos do chamado “tarifaço”, imposto pelos Estados Unidos. Enquanto isso, o tempo corre e, com ele, a apreensão de setores exportadores que observam, preocupados, seus contratos e margens ameaçados. Não é difícil entender a cautela: o espaço fiscal é apertado, a arrecadação não tem fôlego para novos desembolsos e qualquer gasto adicional pressiona metas já fragilizadas.
Nesse contexto, cada dia sem definição reforça a sensação de que o desafio talvez não seja apenas técnico, mas político e diplomático. Criar um pacote que não fira o equilíbrio fiscal exige criatividade e, muitas vezes, concessões internas. Mas também é verdade que a economia, nesse tipo de impasse, responde melhor a soluções negociadas na origem do problema do que a remendos caros no seu desfecho.
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