Polícia portuguesa prende homem que ofereceu recompensa por 'cabeça de brasileiro'
Vídeo polêmico de confeiteiro oferece recompensa por "cabeças" e expõe crescimento da xenofobia no país europeu – comunidade brasileira reage com indignação e cobra justiça
A Polícia Judiciária de Portugal, órgão equivalente à Polícia Civil brasileira e responsável por investigações criminais, prendeu na segunda-feira, 8 de setembro de 2025, João Paulo Silva Oliveira, de 56 anos, acusado de incitar à violência contra estrangeiros, especificamente brasileiros. O homem, que se apresentava nas redes sociais como "Pasteleiro Lince" e trabalhava em uma padaria na cidade de Aveiro, publicou um vídeo no TikTok que rapidamente viralizou, gerando forte indignação na comunidade brasileira residente no país.
No vídeo, João Paulo Silva Oliveira declarava: "Cada português que trouxer a cabeça de um brasileiro, desses 'zukas' que vivem aqui em Portugal, estejam legais ou ilegais, cada cabeça que trouxer eu pago 500 euros." A oferta, equivalente a cerca de R$ 3,1 mil, provocou um "forte alarme social" e resultou em múltiplas denúncias ao Ministério Público, conforme comunicado oficial da Polícia Judiciária. O suspeito, identificado pela sigla J.P.S.O. nas notas iniciais da polícia, foi detido em sua residência sem oferecer resistência e dispensou um advogado particular, sendo representado por um defensor público.
De acordo com as autoridades, João Paulo Silva Oliveira já possuía antecedentes criminais por delitos contra o patrimônio e estava sob investigação prévia antes da repercussão do vídeo. Ele foi apresentado à autoridade judicial para interrogatório, onde será decidida a aplicação de medidas de coação, como prisão preventiva ou liberdade provisória.
A advogada Catarina Zuccaro, integrante de um grupo que apresentou queixa-crime ao Ministério Público, destacou a gravidade do episódio. Em declaração, ela afirmou que, em 25 anos vivendo em Portugal, nunca presenciara "tamanho ódio", e que o caso provocou uma comoção incomum, levando a uma atuação "mais rápida do que o normal" por parte da polícia.
A padaria onde o suspeito trabalhava emitiu um comunicado oficial se distanciando do incidente, informando que João Paulo Silva Oliveira não faz mais parte do quadro de funcionários. A empresa enfatizou que não tolera qualquer forma de racismo ou discriminação e destacou o orgulho em sua equipe multicultural, composta por trabalhadores de diversas nacionalidades, incluindo brasileiros.
Esse incidente não é isolado e reflete um contexto mais amplo de discriminação em Portugal. De acordo com um relatório do Conselho Europeu, o país registrou 347 queixas por crimes de ódio e incitação à violência em 2023, um aumento significativo em comparação às 63 registradas em 2018 – mais de cinco vezes o número anterior. A comunidade brasileira, uma das maiores grupos de imigrantes no país, tem relatado crescentes episódios de xenofobia, especialmente em meio a debates sobre imigração e integração social.
O caso ganhou destaque em veículos de comunicação brasileiros e portugueses, com reações variadas nas redes sociais, onde usuários expressaram repúdio à xenofobia e solidariedade aos imigrantes. A rapidez da prisão é vista por especialistas como um sinal positivo de que as autoridades estão atentas a discursos de ódio online, mas também evidencia a necessidade de medidas preventivas mais robustas contra o racismo.
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