Polêmica do Banco Master: de rascunho do contrato não assinado a jantar social, predominam suposições sem provas materiais
Em meio a revelações sobre um contrato apreendido e contatos com autoridades, o caso do Banco Master levanta suspeitas, mas, até o momento, não há comprovação de irregularidades por parte do ministro
A crise do Banco Master, controlado pelo empresário Daniel Vorcaro, intensificou-se ao longo de 2025, culminando na decretação de sua liquidação extrajudicial pelo Banco Central do Brasil em 18 de novembro. A medida seguiu a Operação Compliance Zero da Polícia Federal (PF), que investigou suspeitas de fraudes na emissão e negociação de títulos de crédito sem lastro, com prejuízos estimados em até R$ 12,2 bilhões envolvendo operações com o Banco de Brasília (BRB). Vorcaro foi preso temporariamente, mas liberado após 12 dias.
No epicentro da controvérsia recente está o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Reportagens indicaram a existência de uma minuta digital de contrato apreendida no celular de Vorcaro, referente a serviços jurídicos do escritório Barci de Moraes Associados, liderado pela advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro. O documento previa assessoria ampla, incluindo representação junto ao Banco Central, Receita Federal e Congresso Nacional, com remuneração mensal de R$ 3,6 milhões, totalizando potencialmente R$ 129 milhões até 2027. No entanto, múltiplas fontes confirmam que se tratava de uma versão não assinada formalmente, sem comprovação de efetivação plena ou pagamentos.
Alegações de que Moraes teria contatado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, múltiplas vezes para pressionar em favor da aprovação da aquisição do Master pelo BRB foram baseadas em relatos de fontes anônimas. Moraes emitiu notas oficiais esclarecendo que “realizou, em seu gabinete, duas reuniões com o Presidente do Banco Central para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky”, aplicada a ele e à esposa pelos EUA em julho e setembro, respectivamente, e revogada em dezembro. Ele negou qualquer discussão sobre o banco ou pressão: “Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente à aquisição do BRB pelo Banco Master”, afirmando também que “o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central”. O Banco Central corroborou: “confirma que manteve reuniões com o ministro [...] para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky”. Consultas via Lei de Acesso à Informação não registraram atuações do escritório junto ao BC ou Cade em operações específicas do Master.
Outro episódio levantado foi a presença de Moraes em um jantar na mansão de Vorcaro no Lago Sul, em Brasília, avaliada em R$ 36 milhões, com cerca de 20 convidados, incluindo políticos do Centrão. Relatos descrevem o evento como social, com conversas amenas, sem menção a assuntos bancários. Não há evidência de irregularidade nessa participação.
A investigação tramita no STF sob relatoria do ministro Dias Toffoli, que marcou acareação para 30 de dezembro entre Vorcaro, o ex-presidente do BRB Paulo Henrique Costa e o diretor de Fiscalização do BC Ailton de Aquino. Entidades como Febraban, ABBC, Acrefi e Zetta emitiram nota conjunta defendendo a autonomia técnica do BC, alertando que reversões de decisões prudenciais poderiam gerar eventual insegurança jurídica.
Ocorre que esse movimento 'acende o alerta', pois os maiores interessados na falência do Master são exatamente os grandes bancos, que enxergavam em Vorcaro um adversário que, se não fosse parado, poderia crescer exponencialmente no mercado, por conta da forma agressiva que o banqueiro agia. Um dos favorecidos pela quebra do Master é o BTG, de André Esteves, apontado como ‘fonte’ das notícias baseadas em alegações que estão sendo divulgadas.
Vorcaro buscava reestruturação e captação de recursos, competindo com taxas elevadas que atraíam investidores, mas atraíam críticas de grandes bancos. Alegações de fraudes permanecem em apuração, sem sentença definitiva. Movimentos no Congresso, como propostas de CPI, refletem polarização, mas até o momento, as acusações contra Moraes baseiam-se predominantemente em relatos indiretos e interpretações de documentos digitais, sem provas materiais concretas de ilegalidade ou intervenção indevida. Sem essas provas, fica praticamente impossível manter a narrativa.
Diante dos fatos disponíveis, predominam suposições midiáticas e narrativas conflitantes. Enquanto as investigações prosseguem, o princípio da presunção de inocência deve prevalecer para o ministro Alexandre de Moraes, e a bateria de ataques ao Master acende alertas sobre possíveis interesses concorrentes no setor financeiro.
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