Planos de saúde e a nova diretriz para cirurgias bariátricas no Brasil
Por Natália Soriani*
A obesidade é reconhecida como uma doença crônica, progressiva e multifatorial, associada a uma série de comorbidades graves que reduzem a expectativa e a qualidade de vida. Foi nesse conceito de saúde que emergiu a cirurgia bariátrica e metabólica, como uma das ferramentas mais eficazes para o tratamento da obesidade severa e de suas doenças relacionadas.
E agora, alinhando-se às evidências científicas mais recentes e expandindo o acesso a pacientes que podem se beneficiar significativamente, uma nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) acaba de atualizar as normas para a realização desses procedimentos.
As mudanças introduzidas pela nova resolução são fundamentais e refletem uma compreensão mais profunda da obesidade e do potencial terapêutico da cirurgia. Entre as novidades, está a ampliação e o refino dos critérios de elegibilidade para a realização de cirurgias bariátricas. A nova resolução mantém a indicação para pacientes com IMC ≥ 40 kg/m² ou com IMC entre 35 e 39,9 kg/m² na presença de comorbidades, incluindo agora pacientes com IMC entre 30 e 34,9 kg/m² que apresentem comorbidades graves e de difícil controle clínico, especialmente o diabetes tipo 2.
Esta expansão reconhece o conceito de "cirurgia metabólica", focando no tratamento das doenças associadas, mesmo em graus menores de obesidade.
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