Pistoleiro é preso em Rondônia por participar de chacina no Ceará
Homem de 41 anos, condenado por envolvimento em crime que chocou Maracanaú em 2011, é capturado após anos foragido
Na manhã desta terça-feira (27), a Polícia Civil de Rondônia prendeu, em São Francisco do Guaporé, um homem de 41 anos condenado por participação em uma chacina que deixou três mortos e uma adolescente ferida no município de Maracanaú, no Ceará, em setembro de 2011.
O acusado, identificado como José Nilton de Sousa, conhecido como “Nilton Capoeira”, estava foragido e foi capturado em cumprimento a um mandado de prisão expedido em 2022, após o caso transitar em julgado. A sentença definitiva determina que ele cumpra 15 anos de prisão pelo crime.
A operação que resultou na prisão foi conduzida pela Delegacia de São Francisco do Guaporé, em ação conjunta com a Polícia Civil do Ceará, que monitorava o paradeiro do condenado.
José Nilton era apontado como um dos pistoleiros contratados para executar a chacina, planejada como uma vingança motivada por um homicídio ocorrido no Carnaval de 2010. A captura reforça os esforços das autoridades em combater a impunidade em crimes de grande repercussão.
O crime que abalou Maracanaú
A chacina ocorreu na noite de 7 de setembro de 2011, no bairro Jereissati II, em Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza. As vítimas foram Antonio Raimundo Filho, conhecido como “Negão”, sua esposa Maria do Rosário Gomes de Sousa, de 17 anos, que estava grávida, e seu pai, Antônio Raimundo Filho, de 46 anos, homônimo do primeiro. Durante o ataque, a irmã de “Negão”, uma adolescente de 15 anos, foi baleada na perna, mas sobreviveu. Um dos executores, conhecido como “Marabá”, também foi morto no local, supostamente durante o confronto.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil do Ceará revelaram que o crime foi planejado por uma mulher, identificada como a mandante, que buscava vingar a morte de seu filho, assassinado por “Negão” no Carnaval de 2010. A mulher, cujo nome não foi divulgado, contratou José Nilton e outros três criminosos para realizar a execução. O grupo invadiu a residência das vítimas e disparou contra os alvos, resultando na tragédia que chocou a comunidade local.
A investigação e a condenação
O inquérito policial apontou a participação de pelo menos cinco pessoas na chacina: a mandante e quatro pistoleiros, incluindo José Nilton. Após um longo processo judicial, o caso transitou em julgado em 2022, culminando na condenação do acusado preso em Rondônia. A sentença de 15 anos de prisão foi mantida sem possibilidade de recurso, levando à expedição do mandado de prisão.
A captura de José Nilton em São Francisco do Guaporé demonstra a importância da cooperação entre as polícias estaduais no combate à criminalidade. Segundo informações da Polícia Civil, o condenado vivia na região sob identidade falsa, tentando escapar do cumprimento da pena. A ação policial foi planejada com base em denúncias e levantamentos de inteligência que indicaram sua localização.
Impacto e contexto
A prisão de José Nilton reacende a discussão sobre crimes motivados por vingança e a violência que marca conflitos pessoais em algumas regiões do Brasil. A chacina de Maracanaú, em 2011, é um exemplo de como disputas particulares podem escalar para atos de extrema violência, deixando marcas profundas nas comunidades afetadas. O caso também destaca o papel das autoridades em garantir que condenados por crimes graves sejam responsabilizados, mesmo anos após os fatos.
A operação em São Francisco do Guaporé reforça a mensagem de que a justiça, ainda que com atraso, pode alcançar foragidos. A Polícia Civil do Ceará informou que continua investigando o paradeiro de outros envolvidos no crime que ainda não foram capturados, mantendo o compromisso de levar todos os responsáveis à justiça.
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