PF prende desembargador envolvido em caso de TH Joias e mira Rodrigo Bacellar em nova fase
Nova fase da investigação revela conexões entre Judiciário e Legislativo no suposto vazamento de informações sigilosas que beneficiaram investigado por ligações com facção criminosa
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (16 de dezembro de 2025), a segunda fase da Operação Unha e Carne, resultando na prisão do desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). A ação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cumpriu um mandado de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
Macário foi detido em sua residência na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ele é o relator do processo envolvendo o ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, preso em setembro de 2025 na Operação Zargun por suspeitas de tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e fornecimento de armas ao Comando Vermelho (CV).
Investigações indicam que Macário contribuiu para o vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun. De acordo com fontes da PF citadas em reportagens, o desembargador estava em um restaurante com o deputado estadual licenciado Rodrigo Bacellar (União Brasil), ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), quando este último teria telefonado para TH Joias alertando sobre a ação policial. Além disso, trocas de mensagens entre Bacellar e Macário, encontradas no celular do deputado, embasaram a operação atual. Rodrigo Bacellar também foi alvo de buscas nesta fase.
A primeira fase da Operação Unha e Carne, em 3 de dezembro, levou à prisão de Rodrigo Bacellar por suspeita de obstrução de justiça. Ele foi solto em 9 de dezembro após votação no plenário da Alerj (42 votos a favor e 21 contra), com imposição de medidas cautelares pelo STF, como uso de tornozeleira eletrônica e afastamento da presidência da Casa. Bacellar pediu licença do mandato logo após a soltura.
Macário tem histórico controverso: ficou afastado por cerca de 17 anos devido a acusações de irregularidades, incluindo suposta venda de sentenças, mas foi reintegrado em 2023. Sua esposa trabalhou na diretoria-geral da Alerj até novembro de 2025. O advogado Fernando Augusto Fernandes, defensor de Macário, declarou: “o ministro Alexandre de Moraes foi induzido a erro ao determinar a medida extrema da prisão”. Ele acrescentou que a defesa não teve acesso à decisão e pedirá a soltura do desembargador.
A Operação Unha e Carne apura a atuação de agentes públicos em vazamentos que obstruíram investigações contra o crime organizado, no âmbito da ADPF das Favelas.
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