PF deflagra Operação Assédio contra homem que mandava fotos íntimas para deputada e senadora
Investigação revela atos de violência política de gênero e stalking contra parlamentares, gerando debate sobre segurança de mulheres em cargos públicos – saiba os detalhes e as medidas judiciais
A Polícia Federal do Distrito Federal deflagrou, nesta terça-feira (9 de setembro de 2025), a Operação Assédio, direcionada a um homem investigado por praticar atos de assédio e perseguição via internet contra mulheres atuantes na cena política brasileira. Entre as vítimas identificadas estão a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) e a deputada federal Silvye Alves (União Brasil-GO), que receberam fotos de órgãos genitais em seus e-mails funcionais. O investigado, identificado como Ítalo Almeida, de 31 anos, residente em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, vive em uma área dominada pelo tráfico e já cometeu outros crimes contra mulheres, incluindo assédio via WhatsApp.
Durante a operação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência de Almeida. A Justiça determinou medidas cautelares rigorosas: proibição de acesso à internet, de qualquer contato com as vítimas e de sair da região metropolitana do Rio de Janeiro sem autorização judicial. Além disso, foram autorizadas quebras de sigilos bancários, fiscais, telefônicos e telemáticos, bem como o acesso às senhas dos equipamentos eletrônicos apreendidos. O caso tramita em segredo de Justiça e investiga crimes de violência política de gênero e perseguição (stalking), com possibilidade de pedido de prisão preventiva pela advocacia legislativa.
A deputada Silvye Alves expôs o episódio em suas redes sociais em agosto de 2025, revelando detalhes sobre o andamento das investigações. Segundo ela, o autor dos crimes é Ítalo Almeida, e as mensagens afetaram não apenas ela, mas também outras mulheres de seu gabinete que acessavam o e-mail funcional. Em um vídeo publicado, Alves mostrou as imagens enviadas e afirmou: "O covarde se chama Ítalo Almeida, 31 anos, morador de Duque de Caxias (RJ). Segundo a polícia, ele vive em área dominada pelo tráfico e já cometeu outros crimes contra mulheres, inclusive assediando uma vítima pelo WhatsApp. No meu caso, ele responderá por importunação sexual e compartilhamento de imagem pornográfica pela internet."
A assessoria da deputada confirmou que o alvo da operação é o mesmo identificado pela Polícia Legislativa Federal por importunação sexual, embora não tenham sido avisados previamente sobre a ação.
Já a senadora Soraya Thronicke relatou que os assédios ocorreram em novembro de 2024, quando Almeida enviou três fotos íntimas, pedindo para namorar e chamando-a de "mãe". Em nota divulgada por sua assessoria após a operação, Thronicke destacou: "Ao longo de seu mandato, tem sido alvo frequente de crimes dessa natureza, incluindo ameaças de morte, e aos seus familiares. Isso reflete atitudes sexistas e criminosas contra mulheres em cargos públicos."
Ela explicou que a denúncia partiu de seu gabinete após e-mails com conteúdos abjetos e misóginos, e que convive com assédio político constante, denunciando apenas os casos mais graves por receio de retaliações. Thronicke também enfatizou a importância de leis como a Lei do Stalking (Lei nº 14.132/2021), de autoria da senadora Leila Barros, para combater tais atos.
A defesa de Ítalo Almeida não foi localizada para manifestação, e o espaço permanece aberto para eventuais posicionamentos. A operação reforça o debate sobre a proteção a mulheres em posições de poder, destacando a recorrência de violência política de gênero no Brasil.
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