PF abre novo processo contra Eduardo Bolsonaro por conspirar contra o Brasil nos EUA e tentativa de obstrução
Investigação sigilosa mira ação do deputado e escrivão federal para apurar se houve lesão aos cofres públicos e coerção de autoridades — entenda o que se sabe até agora
A Polícia Federal (PF) instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também é escrivão concursado da corporação, para apurar sua atuação nos Estados Unidos conspirando e estimulando a imposição de tarifas contra o Brasil. O procedimento tramita em sigilo e foi aberto recentemente, conforme apurou a TV Globo.
Este é o segundo PAD em curso contra Eduardo Bolsonaro na corregedoria da PF.
Contexto e fatos apurados
O novo PAD se baseia em uma representação feita pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), protocolada em julho, que aponta lesão aos cofres públicos e atuação que teria estimulado tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros.
Em fevereiro, a PF já havia iniciado outro processo para investigar ameaças que Eduardo dirigiu, na tribuna da Câmara, contra o delegado Fabio Shor, responsável por assinar a conclusão do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado.
Indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro por coação
Paralelamente ao PAD, no mês anterior, a PF indiciou Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro pelos crimes de coação no curso de processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de restrição ao exercício dos poderes constitucionais.
Segundo o relatório, os dois têm indícios de terem buscado “obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado”, atuação para coagir autoridades responsáveis por processo penal no STF.
Também consta que Eduardo Bolsonaro, enquanto estava nos Estados Unidos, teria redigido uma nota oficial para o ex-presidente Jair Bolsonaro e solicitado autorização para divulgá-la após o anúncio de tarifas pelos EUA. O documento teria sido parte de uma estratégia de comunicação para reagir às medidas americanas.
Reações políticas
O senador Davi Alcolumbre (União-AP) criticou a atuação de Eduardo nos EUA, afirmando que "tarifas atrapalham o Brasil" e que não pode permanecer “tudo isso calado”, ao ver um deputado instigando medidas externas contra seu próprio país.
Boulos, autor da representação, pediu também a exoneração imediata de Eduardo Bolsonaro da Polícia Federal.
O que está por vir
O PAD está em fase preliminar, tramita sob sigilo, por isso há ainda incertezas sobre prazos, prêmios de defesa, e possíveis penalidades. Como servidor público federal, Eduardo pode sofrer sanções que variam de advertência até a perda definitiva do cargo como escrivão da PF.
O relatório de indiciamento será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se oferecera denúncia formal ou requisitará diligências complementares.
Importância e implicações
Este conjunto de investigações toca em pontos sensíveis da democracia e da administração pública:
O papel de um servidor público federal que ocupa mandato político ao mesmo tempo em que exerce função técnica (escrivão PF).
A possibilidade de atuação externa (no exterior) para influenciar condições econômicas ou diplomáticas — como tarifas — que possam afetar o Brasil.
A atuação visando garantir impunidade em processos judiciais ou criminais, o que lança questões sobre interferência institucional.
O novo PAD contra Eduardo Bolsonaro se soma ao indiciamento tanto dele quanto de Jair Bolsonaro por coação e tentativas de interferência em investigações. Os desdobramentos ainda são incertos, mas os fatos apurados até agora indicam uma articulação com impactos potenciais sobre a soberania, os poderes constitucionais e o controle institucional. A sociedade e os órgãos competentes vigiam de perto.
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