Pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro são encaminhados para Comissão de Ética, o primeiro passo para perda do cargo
Acusações de quebra de decoro e articulações internacionais colocam o deputado no centro de polêmica; entenda o caso e suas implicações políticas!
Na manhã desta sexta-feira, um importante passo foi dado na Câmara dos Deputados em relação ao futuro político do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Após semanas de espera e cobranças de partidos da base governista, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), oficializou o envio de representações contra o parlamentar ao Conselho de Ética.
As denúncias, apresentadas pelo PT (três representações) e pelo PSOL (uma representação), pedem a cassação de Eduardo por quebra de decoro parlamentar, sob a acusação de atuar contra os interesses do Brasil e favorecer sanções a autoridades brasileiras.
De acordo com as regras da Câmara, o envio das queixas ao Conselho de Ética marca o início formal dos processos disciplinares. O próximo passo será a instauração obrigatória do processo, seguida pelo sorteio de três nomes para a relatoria do caso. O presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União-SC), será responsável por definir o relator, que apresentará um parecer sobre a continuidade ou arquivamento do processo. O deputado denunciado também será notificado para apresentar sua defesa inicial.
Em declaração à imprensa, Fábio Schiochet comentou sobre os prazos para a abertura das investigações: “As representações acabaram de chegar. Vou analisar caso por caso antes de falar em prazos”. Ele também sinalizou que a instauração dos processos não deverá ocorrer na próxima semana, devido ao volume de representações pendentes – ao todo, 20 contra Eduardo e outros deputados. “Acabou de chegar. Não vai dar tempo”, completou.
Contexto das acusações e articulações internacionais
As acusações contra Eduardo Bolsonaro ganharam destaque devido às suas recentes atuações no cenário internacional. Morando atualmente nos Estados Unidos, o deputado licenciado tem se reunido com representantes do governo americano e é apontado como um dos articuladores da decisão do presidente Donald Trump de sobretaxar exportações brasileiras aos EUA. Além disso, ele é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente tentar influenciar processos contra seu pai, Jair Bolsonaro, por meio de sanções econômicas impostas ao Brasil.
Nas últimas semanas, Eduardo tem feito declarações públicas que intensificaram a polêmica. Em entrevista à BBC News, ele afirmou que o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), estão na mira de novas punições do governo americano. Segundo o deputado, essas sanções só serão suspensas caso haja avanço na anistia às condenações relacionadas aos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. “Eles [Motta e Alcolumbre] já estão no radar, e as autoridades americanas têm uma clara visão do que está acontecendo no Brasil e sabem que, por exemplo, o processo de anistia depende de ser iniciado pela mesa do presidente Hugo Motta”, declarou.
Bloqueio de salário e Licença do Mandato
Outro ponto de tensão no caso é o bloqueio judicial do salário de Eduardo Bolsonaro. Segundo a assessoria da Câmara, a ordem judicial foi recebida em 24 de julho de 2025, e, a partir dessa data, os valores estão sendo retidos. Enquanto isso, o deputado articula para manter seu mandato mesmo estando fora do país, levantando questionamentos sobre a legalidade e a ética de sua atuação à distância.
Repercussão política
O caso tem gerado grande repercussão no meio político brasileiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a comentar publicamente que deputados governistas deveriam pressionar pela cassação de Eduardo Bolsonaro, conforme vídeo divulgado pelo portal G1. A ação contra o parlamentar é vista por muitos como um teste para a governança da Câmara e para a capacidade do Conselho de Ética de lidar com casos de alta complexidade política.
Dados recentes levantados pelo portal Poder360 mostram que, historicamente, processos de cassação por quebra de decoro têm um longo trâmite na Câmara, muitas vezes sendo arquivados por falta de consenso ou pressão política. No entanto, a gravidade das acusações contra Eduardo, aliada à sua atuação internacional, pode mudar esse padrão.
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