Paula Belmonte: A voz inabalável pela saúde no DF em tempos de crise política
Deputada distrital do Cidadania enfrenta o caos no SUS brasiliense e se posiciona como oposição firme ao governo Ibaneis Rocha, enquanto lida com críticas e desafios institucionais
Em um Distrito Federal marcado por denúncias de colapso na saúde pública e tensões políticas crescentes, a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) emerge como uma das principais vozes de resistência e cobrança. Mãe de seis filhos, empresária e administradora formada, Belmonte construiu uma trajetória política ascendente desde sua eleição como deputada federal em 2018, período em que foi vice-líder de seu partido na Câmara dos Deputados e reconhecida como a melhor parlamentar do DF pelo Ranking dos Políticos entre 2019 e 2022.
Agora em seu primeiro mandato na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), onde ocupa o cargo de segunda vice-presidente, ela tem se dedicado à defesa da primeira infância, educação e, especialmente, à saúde – área que concentra suas críticas mais contundentes ao governo do governador Ibaneis Rocha (MDB).
A entrada de Belmonte na política remonta a 2018, quando, ainda como empresária à frente da Montemor Empreendimentos S.A., decidiu se candidatar inspirada pela maternidade e pela visão de um DF mais justo. Eleita com forte votação, ela logo se destacou por projetos como a Lei 7.461/24, que estabelece diretrizes para prevenir a violência obstétrica, garantindo às gestantes o direito a informações claras sobre procedimentos, escolha de acompanhante e atendimento respeitoso, com sanções a profissionais infratores. “As gestantes precisam ser informadas sobre todos os procedimentos realizados durante o pré-natal e o parto, incluindo os riscos e benefícios”, enfatizou a parlamentar em postagem recente nas redes sociais, reforçando seu compromisso com a dignidade no SUS.
No entanto, é na saúde pública que Belmonte tem se consolidado como opositora ferrenha ao Executivo local. Desde o início de 2023, ela tem denunciado repetidamente o “caos” no sistema, com filas intermináveis, falta de profissionais e infraestrutura precária. Em março de 2023, durante sessão na CLDF, ela mirou diretamente no Instituto Hospital de Base (IGES/DF), acusando o modelo de gestão ampliado pelo governo Ibaneis Rocha de “destruir a Saúde do DF”.
Casos emblemáticos, como a morte de uma criança no parto após 30 horas de espera no Hospital Regional de Samambaia em abril de 2024, ou a infestação de baratas na pediatria do Hospital Regional do Guará, foram amplamente cobrados por ela. “Estou chocada com a situação em que se encontra a saúde pública do DF! Uma criança morrer no parto porque a mãe aguardou 30 horas por atendimento é inadmissível!”, declarou Belmonte em thread no X (antigo Twitter), onde acumula mais de 62 mil seguidores.
Suas ações vão além das denúncias: em maio de 2025, Belmonte apresentou projeto de lei exigindo quarentena de seis meses entre os cargos de secretário de Saúde e diretor-presidente do IGES/DF, após denunciar a nomeação de Juracy Cavalcante – ex-presidente do instituto – como secretário, configurando conflito de interesses. “Eu avisei! Quando o presidente do IGES foi nomeado secretário de Saúde, denunciei o absurdo. Um gestor que era contratado passou a ser o contratante, em um piscar de olhos!”, escreveu ela, celebrando o apoio posterior do Ministério Público de Contas, que pediu o afastamento imediato do gestor. Em agosto de 2025, em fala veemente no plenário da CLDF, ela bradou: “Chega de Ibaneis”, cobrando o governo por descaso na saúde, educação e segurança.
Essa postura oposicionista não tem passado despercebida. Belmonte tem se articulado como parte de uma frente crítica ao burgo de Ibaneis Rocha, votando contra propostas como a alteração na rentabilidade do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do DF (Iprev/DF) em setembro de 2025, que ela classificou como aprovação “a toque de caixa”. Em março de 2025, foi eleita presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Rio Melchior, investigando irregularidades ambientais, o que reforça seu papel fiscalizador.
No entanto, sua ousadia tem gerado reações. Desde 2019, quando trocou farpas com a primeira-dama Mayara Rocha durante evento social – episódio que levou o governador a explodir publicamente, chamando-a de “meninice de dondoca” –, Belmonte enfrenta críticas e boicotes velados. Recentemente, em meio ao agravamento da crise na saúde – com alertas do Conselho Regional de Medicina sobre déficit de mais de 5 mil profissionais e aumento de 3.300% em internações por ansiedade entre jovens –, opositores a atribuem “discurso inflamado” sem emendas efetivas ao Fundo de Saúde do DF, embora ela destine recursos consistentemente para a área.
Apesar dos ataques, Belmonte mantém o foco na população. Em audiência pública de setembro de 2025, propôs discussões sobre o adoecimento de profissionais de escolas públicas, expondo a interseção entre saúde e educação.
Premiada com a Medalha Amigo da Primeira Infância em 2024, ela reforça: “Saúde pública não é balcão de negócios. E eu estou aqui para garantir que o interesse do povo venha sempre em primeiro lugar”.
Sua agenda inclui emendas ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) para regularizações fundiárias e ações contra a dengue, que matou mais no DF em 2024 do que a covid-19.
A trajetória de Paula Belmonte ilustra o dilema da oposição em Brasília: fiscalizar sem paralisar, cobrar sem sensacionalismo. Em um DF onde a saúde clama por reformas urgentes, sua persistência pode ser o catalisador para mudanças reais – ou o alvo de mais turbulências políticas.
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