Parente de Porta-Voz da Casa Branca, que é brasileira, enfrenta deportação
Uma história de laços familiares, imigração e tensões políticas que expõe as contradições da nova era Trump – leia e reflita sobre o impacto humano das leis de fronteira
Em um episódio que mistura laços familiares íntimos com as rigorosas políticas de imigração do governo Trump, Bruna Caroline Ferreira, brasileira de 42 anos e mãe do sobrinho da secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi detida pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) no dia 12 de novembro de 2025, em Revere, Massachusetts. A prisão, confirmada por fontes familiares e pelo Departamento de Segurança Interna (DHS), ocorre em meio ao endurecimento das medidas anti-imigração prometidas pelo presidente Donald Trump em sua posse em janeiro de 2025.
Ferreira, que migrou para os Estados Unidos ainda criança com sua família, entrou legalmente no país em 1999 com um visto de turista B2, válido por seis meses, e permaneceu além do prazo de saída, estabelecido para 6 de junho daquele ano. Atualmente, ela está sob custódia no Centro de Processamento do ICE no Sul da Louisiana, a milhares de quilômetros de sua residência em Massachusetts, e enfrenta processo de deportação. O DHS descreveu-a como uma “imigrante ilegal criminosa do Brasil”, citando uma prisão anterior por agressão (battery), embora seu advogado, Todd Pomerleau, negue veementemente qualquer histórico criminal formal.
O caso ganhou repercussão nacional devido à conexão familiar com Karoline Leavitt, natural de Atkinson, New Hampshire, nomeada secretária de imprensa da Casa Branca pelo presidente Trump em novembro de 2024. Leavitt, de 27 anos, que concorreu sem sucesso a um cargo no Congresso em 2022 pelo Partido Republicano, é irmã de Michael Leavitt, pai do filho de 11 anos de Ferreira. O menino, cujo nome não foi divulgado para preservar sua privacidade, reside integralmente com o pai e a madrasta em New Hampshire desde o nascimento, mas a mãe mantinha contato regular com ele, conforme relatado por Michael em entrevista à WMUR News 9.
Michael Leavitt, residente em New Hampshire, expressou profunda preocupação com o bem-estar emocional do filho durante uma conversa na porta de sua casa na terça-feira, 25 de novembro, acompanhado de sua esposa e outros dois filhos. “Minha única preocupação sempre foi a segurança, o bem-estar e a privacidade do meu filho”, declarou ele, recusando-se a falar diante das câmeras para evitar exposição midiática. Ele confirmou que o menino não se comunica com a mãe desde a detenção, há cerca de duas semanas, e destacou o apoio da madrasta como fundamental nesse momento difícil. Michael enfatizou que sempre buscou manter uma relação cordial com Ferreira para o bem da criança.
Pomerleau, advogado de Ferreira, contestou as alegações do DHS em entrevistas à CNN e à WCVB, afirmando que sua cliente chegou aos EUA sob o programa DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals), iniciativa da era Obama que protege imigrantes indocumentados trazidos como crianças de deportação. Ele revelou que Ferreira está em processo de obtenção do green card e foi presa abruptamente enquanto dirigia para buscar o filho em New Hampshire, em um momento de custódia compartilhada. “Bruna não tem antecedentes criminais. Não sei de onde isso surgiu. Mostrem-nos as provas. Não há nenhuma acusação formal. Ela não é criminosa, nem imigrante ilegal. É assim que as pessoas são chamadas quando dizem que alguém não é cidadão americano”, disparou Pomerleau. Ele prosseguiu: “Estou apenas tentando lutar para tirá-la da cadeia. Ela não deveria estar presa, a horas de distância da família e do filho. Ela é uma ótima mãe e, pelo que ouvi, acho que ele tem sido um bom pai”. O advogado concordou com Michael ao afirmar que a criança não merece ser afetada: “A mãe dele está presa na Louisiana, onde ela nunca deveria ter estado”.
Uma fonte próxima à família informou à WCVB que Karoline Leavitt não mantém contato com Ferreira há muitos anos, descrevendo a relação como distante. Questionada pelo News 9 sobre o caso, a secretária de imprensa da Casa Branca limitou-se a declarar que “não faria comentários”, uma posição que gerou críticas nas redes sociais, onde usuários apontam ironia em meio às políticas de deportação em massa defendidas pela administração Trump. Postagens no X (antigo Twitter) destacam o dilema, com alguns chamando Leavitt de “hipócrita” e outros defendendo a aplicação imparcial da lei, independentemente de laços familiares.
A irmã de Ferreira, Graziela Dos Santos Rodrigues, lançou uma campanha no GoFundMe para arrecadar fundos para os custos legais, descrevendo a detida como alguém que “está lutando para permanecer no país que chama de lar há quase toda a sua vida”. Até o momento da redação, a campanha havia levantado recursos iniciais para cobrir despesas com advogados e deslocamentos.
O caso ocorre em um contexto de intensificação das operações do ICE sob a secretária Kristi Noem, com o DHS afirmando que “sob o presidente Trump e a secretária Noem, todos os indivíduos presentes ilegalmente nos Estados Unidos estão sujeitos a deportação”.
Essa situação pessoal ilustra as ramificações humanas das políticas imigratórias, afetando não apenas Ferreira, mas uma família que inclui figuras proeminentes do governo federal. Enquanto o processo de deportação avança, Pomerleau planeja contestar a detenção em audiências judiciais, argumentando violação de direitos sob o DACA. O desfecho permanece incerto, mas o episódio já reacende debates sobre equidade e compaixão no sistema de imigração americano.
O que você acha desse caso? Ele expõe falhas no sistema de imigração ou reforça a necessidade de leis mais firmes? Comente abaixo sua opinião e compartilhe este artigo para que mais pessoas reflitam sobre o impacto das políticas em vidas reais. Sua voz importa!
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