Pai e madrasta são presos por morte, esquartejamento e ocultação de corpo de menina de 4 anos em Guarulhos
Um crime chocante que expõe falhas na proteção infantil, com depoimentos conflitantes e buscas por respostas que vão além das prisões iniciais – acompanhe os fatos e o que vem a seguir
No dia 27 de novembro de 2025, uma operação policial em Guarulhos, na Grande São Paulo, resultou na prisão de Lucas Silva Souza, de 29 anos, e sua companheira Manoela Cristina César, de 34 anos, suspeitos de envolvimento na morte e ocultação do corpo de Emanuelly Lourenço Silva Souza, uma menina de 4 anos. O corpo da criança foi encontrado enterrado e concretado na varanda interna da residência do casal, localizada na Avenida Marginal Norte Direita, no bairro Parque Jandaia. A ação foi desencadeada após a mãe biológica da vítima procurar o “Conselho Tutelar”, relatando desconfianças sobre o paradeiro dos filhos e histórico de agressões por parte do pai.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 4º Distrito Policial de Guarulhos, a mãe informou que seus três filhos estavam sob os cuidados de Lucas Silva Souza há cerca de dois anos, enquanto ela passava por tratamento médico. Ela mencionou que um dos filhos já havia sofrido agressões do pai e expressou temores quanto à segurança de Emanuelly e de um menino de 6 anos.
Ao chegarem à casa, conselheiros tutelares questionaram Manoela Cristina César, que forneceu informações contraditórias sobre o paradeiro da menina. Mais tarde, com a presença de Lucas, as inconsistências persistiram, levando ao acionamento da Polícia Militar.
Lucas Silva Souza relatou informalmente aos conselheiros que, em 15 de setembro de 2025, deixou a filha aos cuidados da madrasta ao sair para trabalhar. Ao retornar, encontrou a criança sem vida no sofá. Segundo ele, Manoela justificou que “a menina fez xixi na cama” e admitiu ter matado a criança.
O pai alegou ter tentado chamar o Samu, mas sido impedido pela companheira. O casal então ocultou o corpo na cama inicialmente e, posteriormente, enterrou os restos na lavanderia da casa, com Lucas afirmando que Manoela realizou o esquartejamento e ele apenas auxiliou.
A Polícia Militar, ao chegar ao local, foi guiada por Lucas até o ponto de ocultação. Ele quebrou parte do piso com ferramentas, revelando odor pútrido, tecidos e fios semelhantes a cabelo. A área foi isolada, e equipes de perícia do Instituto Médico-Legal (IML) e do Corpo de Bombeiros foram acionadas para escavação. O boletim indica a possibilidade de partes do corpo estarem em outros pontos da residência, exigindo perícias adicionais. Até 1º de dezembro de 2025, os restos mortais permaneciam no IML, sem data definida para o enterro.
Em interrogatório formal, Lucas Silva Souza confirmou ter encontrado a filha morta ao voltar do trabalho e admitiu saber de agressões prévias por parte de Manoela, mas não as denunciou por medo de perder a guarda. Ele reiterou que ajudou na ocultação, mas atribuiu o esquartejamento à companheira, justificando não ter levado a criança ao hospital porque “já estava feito”.
Registros policiais mostram que Lucas tem passagens anteriores por maus-tratos contra outro filho, além de lesão corporal, ameaça e injúria contra a mãe das crianças.
Por sua vez, Manoela Cristina César depôs que Emanuelly passou a tarde “quietinha, parecendo estar passando mal” e que não prestou socorro. Ela afirmou que Lucas verificou a morte ao chegar em casa e admitiu ajudar na ocultação, mas negou participação no homicídio ou esquartejamento. Questionada sobre agressões, respondeu: “Não vou falar porque a gente já vai pegar cadeia mesmo”. Ela também confessou ter mentido ao Conselho Tutelar sobre o paradeiro da menina.

A Polícia Civil enquadrou o caso como homicídio qualificado e destruição, subtração ou ocultação de cadáver. A prisão em flagrante ocorreu pelo crime permanente de ocultação, enquanto o homicídio, datado de setembro, resultou em indiciamento sem flagrante. Fontes indicam que a investigação prossegue, com análise de possíveis ciúmes da madrasta e sinais de abuso, conforme relatos em redes sociais e veículos de imprensa.
O advogado da mãe biológica, Cristiano Medida da Rocha, manifestou-se publicamente: “Nenhuma palavra é suficiente diante de uma violência tão cruel, mas o silêncio não é uma opção quando uma criança é arrancada da vida. Na condição de advogado da família da Emanuelly, assumo este caso com o mesmo compromisso, firmeza e senso de responsabilidade com que atuamos no caso Henry Borel. Quem acompanhou aquela caminhada sabe: não medimos esforços, não recuamos diante de pressão alguma e seguimos até que a verdade fosse reconhecida e a Justiça, feita. Estarei ao lado da família da Emanuelly em cada passo, buscando a apuração completa dos fatos, o enquadramento jurídico adequado e a responsabilização de todos os envolvidos, dentro do devido processo legal. Nosso trabalho será incansável — porque a dor dessa família precisa encontrar acolhimento no Direito e resposta na Justiça. E que este caso também sirva de alerta: criança não pode ser invisível. Sinais de violência não podem ser normalizados. A proteção da infância é dever de todos nós”.
Este episódio reforça a importância de mecanismos como o Conselho Tutelar e denúncias de violência infantil, temas recorrentes em debates sobre proteção à infância no Brasil.
Palavras-chave como “violência infantil”, “ocultação de cadáver”, “Guarulhos crime” e “maus-tratos crianças” destacam a urgência de atenção a esses casos.
O que você acha dessa tragédia? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe este artigo para ajudar a conscientizar sobre a proteção infantil.
Siga-nos nas redes sociais:
Twitter:
@painelpolitico
Instagram:
@painelpolitico
Junte-se ao nosso canal no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029Va4SW5a9sBI8pNwfpk2Q
E no Telegram: https://t.me/PainelP
Hashtags: #PainelPolitico #Guarulhos #ViolenciaInfantil #JusticaParaEmanuelly #ProtecaoInfancia



