Costumo intercalar os assuntos da minha coluna entre temas de tecnologia, banking, gestão e cultura. Uma das discussões mais quentes dos últimos tempos, principalmente no mercado tech, tem sido a escolha do modelo de trabalho pós-pandemia. As opiniões sobre qual o melhor caminho — híbrido, home office ou 100% presencial — parecem flutuar de um extremo a outro, como se cada empresa se encaixasse no mesmo formato de gigantes globais como Apple, Meta e Microsoft.
Quando fundamos o Bankly, em 2020, o mercado de tecnologia estava aquecidíssimo: salários para posições como Product Owners, Tech Leads e Engenheiros de Dados oscilavam num bidding process natural entre as maiores fintechs. Isso, somado ao orçamento restrito que tínhamos e à falta de profissionais com experiência no setor, fez com que naturalmente começássemos a buscar colaboradores de outros estados — e até países — para compor nossa startup.
Logo em seguida, a pandemia do Covid-19 acelerou o processo de contratação de talentos fora de São Paulo, e os gestores que ainda não estavam convencidos inevitavelmente entraram no movimento. A construção da cultura e o alinhamento estratégico obviamente foram desafiadores, mas a escolha das ferramentas corretas e a contratação pautada no comportamental dos candidatos — e não apenas no técnico — nos apoiaram a trazer pessoas que, independentemente da região, acreditavam no produto e demonstravam ter os mesmos valores que queríamos.
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