Operação Off White: MPSP e PM prendem líder do PCC e desmantelam esquema de lavagem de dinheiro em Campinas
Influenciador "Diabo Loiro" e filho de traficante foragido entre os detidos; ação expõe conexões entre crime organizado, luxo e redes sociais no interior paulista
Na manhã desta quinta-feira (30 de outubro de 2025), o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com o 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) da Polícia Militar, deflagrou a Operação Off White, uma ação integrada contra um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação, que visa desarticular redes criminosas compostas por traficantes, empresários, agiotas e influenciadores digitais, resultou na prisão de seis pessoas até o momento, na apreensão de armas, dinheiro e equipamentos para embalagem de drogas, além do bloqueio de bens de alto valor. O confronto armado durante o cumprimento de mandados deixou um suspeito morto e um policial ferido em estado estável.
A ofensiva judicial, autorizada pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Campinas, cumpriu nove mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão em bairros nobres da região, como Alphaville, Entreverdes, Jatibela e Swiss Park, em Campinas, além de endereços em Mogi Guaçu e Artur Nogueira. Foram determinados o sequestro e bloqueio de 12 imóveis de alto padrão e valores em contas bancárias, medidas destinadas a “dissipar o patrimônio e ocultar os verdadeiros beneficiários e a origem criminosa dos bens e valores”, conforme destacado pelo MPSP em nota oficial.
As investigações revelaram transações imobiliárias e financeiras usadas para dissimular recursos provenientes do tráfico de drogas, com foco em desavenças internas no grupo criminoso que facilitaram a coleta de provas. Entre os alvos principais estão dois dos traficantes mais procurados do Brasil: Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão” ou “Xixi”, considerado o número 1 da facção nas ruas e integrante da ala “Sintonia Final” do PCC, e Álvaro Daniel Roberto, o “Caipira”. Ambos estariam foragidos na Bolívia, onde “Mijão” mantém uma vida de luxo em Santa Cruz de La Sierra, com imóveis em condomínios de alto padrão e aluguéis estimados em R$ 30 mil mensais, conforme reportagens recentes do Fantástico, da TV Globo. “Mijão” é apontado como mentor de um plano frustrado para assassinar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho, do Gaeco de Campinas, revelado em operação de agosto que prendeu dois empresários envolvidos no esquema.
Destaque para a prisão de Eduardo Magrini, o “Diabo Loiro”, um produtor rural e influenciador digital com cerca de 105 mil seguidores no Instagram, onde ostenta fotos com carros de luxo, viagens à Europa, rodeios e armas em estandes de tiro. Apontado como membro do alto escalão do PCC, Magrini tem histórico criminal extenso, incluindo passagens por homicídio, formação de quadrilha, receptação, uso de documento falso e participação nos ataques coordenados da facção ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em 2006 – uma onda de rebeliões e atentados que paralisou São Paulo em maio, julho e agosto daquele ano.
Apesar de se apresentar como “adormecido” no crime, o MPSP afirma que ele mantém “ligação profunda com o crime organizado na região”, atuando na “sintonia FM”, setor responsável pela administração de pontos de venda de drogas. Nas redes, Magrini se diz amigo do lutador de UFC Charles do Bronx e exibe um relógio Rolex presenteado pelo cantor MC Ryan SP – ambos não são investigados na operação. Ele também seria padrasto do funkeiro, ampliando as conexões entre o submundo e o mundo das celebridades.
Outro detido é um filho de “Mijão”, capturado em cumprimento de mandado. Os demais presos incluem suspeitos ligados a agiotagem e lavagem, enquanto três alvos permanecem foragidos. Durante as buscas, foram apreendidas quatro armas de fogo, mais de R$ 300 mil em espécie e um maquinário para embalar drogas. Um confronto em um dos endereços resultou na morte de um suspeito e no ferimento de um sargento do Baep, baleado no ombra e socorrido ao Hospital de Clínicas da Unicamp (HC-Unicamp), onde se recupera bem.
A Operação Off White é um desdobramento direto da ação de agosto contra o plano de assassinato do promotor Amauri Silveira Filho, expondo como o PCC infiltra-se em setores econômicos legítimos, como o imobiliário e o agronegócio, para lavar bilhões oriundos do tráfico internacional. Segundo o MPSP, “em dado momento da existência do grupo criminoso, iniciou-se uma série de desavenças negociais entre seus membros”, o que abriu brechas para as transações rastreadas. Especialistas em segurança pública destacam que ações como essa enfraquecem a estrutura financeira da facção, mas alertam para a necessidade de cooperação internacional, dada a presença de líderes na Bolívia.
Nas redes sociais, a operação ganhou repercussão imediata. Perfis jornalísticos como @folha e @g1campinas relataram a prisão de “Diabo Loiro” em tempo real, com vídeos de viaturas e buscas em condomínios de luxo, gerando debates sobre a dualidade entre imagem glamorosa e crime organizado. Usuários questionam como influenciadores com histórico criminal acumulam fortunas e visibilidade, enquanto autoridades reforçam o compromisso com a transparência nas investigações.
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