Operação Carbono Oculto 86 desmantela braço financeiro do PCC no setor de combustíveis do Nordeste
Polícia Civil do Piauí lidera ação integrada que interdita 49 postos e bloqueia R$ 348 milhões em bens ligados à facção criminosa

A Polícia Civil do Piauí deflagrou nesta quarta-feira (5) a Operação Carbono Oculto 86, uma ação integrada com o Ministério Público do Piauí (MPPI) e o Instituto Médico Legal do Piauí (Imepi) que expôs a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) no mercado de combustíveis da região Nordeste. O esquema, que envolvia lavagem de dinheiro proveniente de atividades criminosas, movimentou cerca de R$ 5 bilhões e se estendia por mais de 1.000 postos em todo o país, com foco em unidades nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins.
A investigação revelou que integrantes do PCC, por meio de seu braço financeiro conhecido como Faria Lima, construíram uma distribuidora de combustíveis na estrada entre Teresina e Altos, no Piauí, para distribuir produtos adulterados e facilitar a lavagem de recursos ilícitos. Ao todo, 49 postos foram interditados, e os alvos incluíram pelo menos quatro empresários e mais de 70 empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs. Entre os bens apreendidos e bloqueados estão quatro aeronaves, uma Porsche de luxo, imóveis, veículos e ativos financeiros no valor de R$ 348 milhões.
“Essa operação é um marco histórico, porque é a primeira vez que nós tivemos um braço financeiro do PCC, a Faria Lima, investindo no Nordeste para lavar dinheiro. Aqui, nós percebemos que estava sendo montado uma grande operação de distribuição de combustíveis adulterados, inclusive com a criação de uma distribuidora na estrada entre Teresina e Altos, que serviria para jogar combustível adulterado para todo o Nordeste”, explicou o secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas (sem partido), durante coletiva de imprensa

A operação tem conexão direta com a Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal em São Paulo em agosto de 2024, que identificou operadores financeiros do PCC utilizando empresas fantasmas para fraudar o mercado de combustíveis e sonegar impostos. No Piauí, as investigações ganharam impulso após a venda, em dezembro de 2023, da rede de postos HD – com unidades nos três estados – para a empresa Pima Energia e Participações, criada apenas seis dias antes da transação. Autoridades apontaram inconsistências patrimoniais, alterações societárias frequentes e endereços fictícios na Avenida Paulista, em São Paulo, como indícios de irregularidades.
“A origem dos recursos era estranha, de São Paulo, e os proprietários eram de lá. Havia um receio de que a origem fosse ilícita, mas não havia certeza. Com a deflagração da Carbono Oculto em São Paulo e a certeza que esses recursos eram originários do PCC, identificamos que os atores envolvidos lá eram os mesmos das operações no Piauí”, afirmou o secretário Chico Lucas.
De acordo com balanços divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), o PCC controlava cerca de 40 fundos e fintechs na Avenida Faria Lima, em São Paulo, movimentando mais de R$ 30 bilhões em recursos sujos disfarçados de investimentos legítimos. A ação desta quarta-feira foi realizada sem disparos de arma de fogo, destacando a ênfase em inteligência e articulação institucional para combater o crime organizado, como elogiado por autoridades federais.
Nas redes sociais, a operação gerou repercussão imediata. Perfis como o do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) compartilharam vídeos destacando o sucesso da operação, enquanto veículos como Metrópoles e G1 publicaram atualizações em tempo real sobre os alvos e bens bloqueados. Jornais regionais, como a Gazeta do Povo, enfatizaram o impacto econômico da adulteração de combustíveis e sonegação fiscal, que desviaram quantias significativas dos cofres públicos.
Essa ofensiva representa um avanço significativo no combate às finanças do crime organizado, expondo como facções como o PCC se infiltram em setores vitais da economia brasileira. Autoridades prometem continuidade das investigações para mapear ramificações em outros estados.
O que você acha dessa operação? Ela demonstra a importância de ações integradas contra o crime? Comente abaixo sua opinião e compartilhe este artigo para debatermos o tema com mais vozes!
Palavras-chave: Operação Carbono Oculto 86, PCC, lavagem de dinheiro, postos de combustíveis, Piauí, Maranhão, Tocantins, Polícia Civil do Piauí, Chico Lucas, facção criminosa, Nordeste, segurança pública.
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