Oito anos da tragédia de Teori: Avanços na Lava Jato ressuscitam teorias sobre o acidente em Paraty
Com novas reviravoltas nas investigações da Lava Jato, o episódio que tirou o relator do STF do cenário volta a ser questionado – e as coincidências alimentam debates sobre justiça e impunidade
Em um país marcado por escândalos de corrupção e reviravoltas judiciais, a morte do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), continua a ecoar como um dos capítulos mais enigmáticos da história recente do Judiciário brasileiro. Há oito anos, em 19 de janeiro de 2017, o avião em que o magistrado viajava caiu nas águas turbulentas próximas à Ilha Rasa, em Paraty (RJ), vitimando-o junto com outras quatro pessoas.
Na época, Zavascki era o relator dos processos da Operação Lava Jato no STF, responsável por homologar delações premiadas que prometiam expor a cúpula da corrupção na Petrobras e em empreiteiras como a Odebrecht. Agora, com avanços nas investigações remanescentes da Lava Jato – incluindo reanálises de delações e inquéritos obstruídos –, o caso retorna ao centro das discussões, reacendendo teorias conspiratórias e questionamentos sobre as circunstâncias do acidente.
O voo partiu do Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, por volta das 13h, em um dia de chuvas intensas na região. O bimotor King Air C90, prefixo PR-SOM, pertencia ao grupo hoteleiro Emiliano e estava com certificados atualizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A bordo, além de Zavascki, estavam o empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, dono do grupo Emiliano e amigo do ministro, seu filho Gustavo Filgueiras, a massoterapeuta Silvia Cristina Bohn Romeris e o piloto Osmar Rodrigues, experiente com mais de 7 mil horas de voo. A Força Aérea Brasileira (FAB) registrou cinco ocupantes no plano de voo, mas o resgate, coordenado pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e pela Marinha, confirmou as mortes das três vítimas localizadas inicialmente; os corpos foram recuperados em condições que complicaram a análise imediata.
A confirmação da tragédia veio de forma dolorosa: Francisco Prehn Zavascki, filho do ministro e advogado, postou em uma rede social: “Caros amigos, acabamos de receber a confirmação de que o pai faleceu! Muito obrigado a todos pela força!”. Naquele momento, o Brasil parou. Zavascki, de 68 anos, era visto como um dos magistrados mais técnicos e discretos da Corte, indicado ao STF em 2012 pela então presidente Dilma Rousseff (PT). Antes, havia atuado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), nomeado em 2004 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após indicação de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Sua carreira, iniciada como procurador da República, era marcada pela aversão aos holofotes. Em março de 2016, em meio à polêmica das escutas entre Dilma e Lula, ele declarou: “Papel do juiz é o de resolver conflitos, e não criar conflitos”, defendendo a imparcialidade judicial sem citar o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
O contexto da morte amplificava o impacto. Zavascki estava de férias, mas havia interrompido o recesso para analisar a homologação de 77 delações premiadas de executivos da Odebrecht – o chamado “fim do mundo” da política brasileira, que implicaria dezenas de parlamentares, governadores e ex-presidentes de múltiplos partidos, incluindo PT, MDB, PSDB e PP.
Ele já havia autorizado prisões como a de Delcídio do Amaral (PT-MS), em 2015, por obstrução de justiça – a primeira de um senador em exercício –, e negado liberdades a José Dirceu (PT) e Antonio Palocci (PT), investigados por propinas da Odebrecht. Também enviara, em sigilo, provas contra Lula nos casos do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia para Moro, dividindo o inquérito-mãe (3.533) em quatro partes. Sem sua relatoria, os processos foram redistribuídos: a maioria para o ministro Edson Fachin, e a vaga de Zavascki ocupada por Alexandre de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer (MDB).
As investigações iniciais couberam ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), e à Polícia Federal (PF), com acompanhamento do Ministério Público Federal (MPF). Em janeiro de 2018, o Cenipa concluiu que não houve falhas mecânicas nos motores ou na fuselagem, mas apontou perda de controle do voo devido a visibilidade reduzida pela chuva e erro do piloto na segunda tentativa de pouso – o avião tocou a água a 82 metros de altitude, a 222 km/h. O MPF, em 2019, pediu o arquivamento do inquérito criminal, afirmando: “Foi um acidente em virtude de falhas do piloto na opção da condução da aeronave, somado ao quadro meteorológico de Paraty”, conforme o procurador Igor Miranda, de Angra dos Reis (RJ). O delegado Rubens Maleiner, da PF, reforçou: “A possibilidade de um ato intencional contra o avião foi bastante explorada na investigação, com diversas perícias, e nenhum elemento nesse sentido foi encontrado”.
No entanto, o episódio sempre carregou um ar de estranheza. Paraty, conhecida como Costa Verde, registra acidentes aéreos recorrentes – como o de 2013 (três mortes) e 2016 (duas vítimas) –, mas o timing da morte de Zavascki alimentou especulações. Poucos dias antes, ele recebera ameaças veladas, conforme relatado por familiares; Francisco Zavascki admitiu à imprensa temer sabotagem inicialmente, mas depois torceu por uma “fatalidade”: “Eu realmente temia, mas agora isso não está passando pela cabeça de ninguém. Acho que fatalidades acontecem. Paraty, chuva. O avião arremeteu, e é isso aí. Deu zebra”. Seu irmão, o médico Alexandre Zavascki, descreveu o peso das teorias conspiratórias: “Foi difícil conviver com as suspeitas surgidas a partir do acidente e o cenário tenso. Para ele, as teorias conspiratórias foram sendo refutadas, ficando a sensação de que foi uma tragédia”
Teori Zavascki foi um dos ministros mais rigorosos na condução da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Em novembro de 2015, ele determinou a primeira prisão de senador em exercício na história da República ao mandar prender Delcídio do Amaral (PT-MS), então líder do governo Dilma, por tentativa de obstrução de justiça – Delcídio oferecera fuga e mesada à família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para evitar delação. Em maio de 2016, Teori foi o relator da decisão monocrática que afastou Eduardo Cunha (MDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados e, consequentemente, da linha sucessória presidencial, por uso do cargo para intimidar investigados e obstruir investigações da Lava Jato. Além dessas medidas de forte impacto político, o ministro autorizou dezenas de buscas, quebras de sigilo e prisões temporárias e preventivas de parlamentares e empresários, negou sucessivos pedidos de liberdade de figuras como José Dirceu (PT), Eduardo Cunha, André Vargas (ex-PT) e executivos da Odebrecht e OAS, e manteve sob sua relatoria os inquéritos mais sensíveis do chamado “quadrilhão do PT”, “quadrilhão do MDB” e do “PMDB da Câmara”. Suas decisões, sempre fundamentadas em provas técnicas e sem concessões ao espetáculo midiático, fizeram dele alvo de pressões dos dois lados do espectro político e reforçaram sua imagem como o principal obstáculo jurídico à impunidade dos investigados de alto escalão na Lava Jato.
As coincidências saltam aos olhos. A delação da Odebrecht, homologada postumamente por Fachin, trazia suspeitas sobre supostas obstruções por figuras como Dilma, Lula, Aloizio Mercadante (PT) e José Eduardo Cardozo (PT), mas o ritmo da Lava Jato desacelerou. Anos depois, anulações de sentenças – como as de Lula em 2021, por incompetência de Moro – foram vistas por críticos como herança da ausência de Zavascki, cujo rigor técnico poderia ter alterado o curso.
Em 2025, com reaberturas de inquéritos derivados da operação (como os de obstrução no STF), posts em redes sociais e análises em veículos como o Jornal Grande Bahia revivem o debate: “Se Zavascki não tivesse morrido, o resultado da Lava Jato seria outro”. Teorias persistem, ligando o acidente a “gente poderosa” – refutadas pelo Estadão Verifica como infundadas, sem provas de sabotagem ou ligações com Moraes, amigo de Zavascki.
A repercussão imediata foi de luto nacional. Temer decretou três dias de luto oficial, chamando-o de “homem de bem e um orgulho para todos os brasileiros”. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, lamentou: “A consternação tomou conta do Supremo. Ele foi um dos mais brilhantes juízes que ajudaram a construir a história deste Tribunal e do País”, adicionando: “O seu trabalho permanecerá para sempre, e a sua presença e o seu exemplo ficarão como um rumo do qual não nos desviaremos”. O velório e enterro ocorreram em Porto Alegre (RS), conforme pedido da família. O procurador-geral Rodrigo Janot o chamou de “herói brasileiro”; o então juiz Sergio Moro, de “exemplo para todos os juízes, promotores e advogados”.
Em 2025, enquanto a Lava Jato é revisitada em contextos como os inquéritos sobre obstrução e delações pendentes, a morte de Zavascki serve de lembrete da fragilidade da justiça em meio a pressões políticas. Especialistas como o professor Oscar Vilhena Vieira, da FGV, destacam que a perda “forçou uma reconfiguração no STF”, com impactos duradouros. Sem indícios criminais verificados, o caso permanece como acidente, mas sua sombra persiste: um juiz que resolveu conflitos sem criá-los, silenciado em um dia de tormenta.
Caso Edmundo Pinto alimentou teorias conspiratórias
Em um paralelo histórico que ainda alimenta desconfianças no Acre, a Odebrecht também foi apontada por décadas como suspeita no assassinato do então governador Edmundo Pinto (Arena), morto com três tiros à queima-roupa em 1982, na Avenida Paulista, em São Paulo.
O crime ocorreu poucos dias depois que Pinto rompeu publicamente com a empreiteira, denunciando superfaturamento nas obras da rodovia BR-364 e expulsando os executivos da empresa do estado. Apesar de três inquéritos policiais e uma CPI na Assembleia Legislativa do Acre não terem encontrado provas materiais que ligassem diretamente a Odebrecht ao homicídio, a população acreana, especialmente em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, ainda mantém viva a convicção de que o governador foi eliminado por ter desafiado os interesses da construtora – uma narrativa reforçada em livros, documentários regionais e nas delações da Lava Jato, que expuseram o histórico de “gestão de crises” da empresa, incluindo pagamento de propinas e eliminação de obstáculos políticos.
Para muitos acreanos, o caso Edmundo Pinto é visto como um “ensaio” do poder letal que a Odebrecht teria exercido décadas depois, quando o nome da empresa voltou a surgir em episódios de mortes suspeitas de figuras que cruzavam seu caminho.
As mortes que marcaram a Operação Lava Jato e ainda geram dúvidas
A Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014 pela Polícia Federal (PF) para investigar lavagem de dinheiro em um lava-jato em Brasília, rapidamente se transformou na maior apuração de corrupção da história do Brasil, revelando um esquema bilionário de propinas na Petrobras envolvendo empreiteiras como Odebrecht e políticos de diversos partidos, como PT, PP, MDB e PSDB. No entanto, ao lado de mais de 280 condenações e a recuperação de cerca de R$ 4 bilhões aos cofres públicos, a operação foi marcada por uma sequência de mortes de figuras centrais – algumas confirmadas como suicídios, outras como acidentes, mas todas cercadas de controvérsias que persistem até 2025.
Essas perdas não só alteraram o curso das investigações, mas também geraram especulações sobre obstruções e pressões psicológicas, especialmente em um contexto de delações premiadas que implicavam elites políticas e empresariais. Especialistas, como o professor de Direito da USP Conrado Hübner Mendes, destacam que, embora a maioria tenha sido investigada como suicídio ou fatalidade, o timing das ocorrências – muitas logo após depoimentos ou prisões – reforça a percepção de um “efeito colateral” da operação, sem provas concretas de crimes adicionais.
O caso mais emblemático é a morte do ministro Teori Zavascki. A ramificação internacional da Lava Jato, via delações da Odebrecht, levou a casos trágicos na América Latina. No Peru, o ex-presidente Alan García (APRA) cometeu suicídio em 17 de abril de 2019, ao disparar contra si mesmo durante uma operação policial para prendê-lo por suspeita de lavagem de dinheiro e propinas de US$ 20 milhões da Odebrecht em contratos de obras como a Rodovia Interoceânica.
García, que governou o país em 1985-1990 e 2006-2011, deixou uma nota: “Não serei preso, nem me darei por vencido”, e morreu horas depois em um hospital em Lima. O caso destacou o impacto da operação em líderes regionais, com investigações semelhantes afetando ex-presidentes peruanos como Alejandro Toledo e Ollanta Humala
Na Colômbia, outra extensão da Odebrecht gerou mortes suspeitas em 2018. O engenheiro e testemunha-chave Jorge Enrique Pizano, ex-auditor da concessionária Ruta del Sol, morreu de parada cardiorrespiratória em novembro, dias antes de depor sobre propinas pagas pela empreiteira a políticos colombianos. Quatro dias depois, seu filho Alejandro Pizano ingeriu água contaminada com cianeto de uma garrafa do pai, morrendo por envenenamento. No mesmo período, o ex-secretário de Transparência Rafael Merchán se suicidou com cianeto, após ser citado como testemunha em casos relacionados. As autoridades colombianas investigaram, mas não confirmaram ligações diretas com assassinato, atribuindo as mortes a causas naturais e suicídio, embora o contexto de delações tenha gerado desconfianças
No Brasil, homicídios de testemunhas também chamaram atenção. Em fevereiro de 2018, o empresário José Roberto Soares Vieira, conhecido como “Roberto do PT”, foi assassinado com nove tiros em Camaçari (BA), dois meses após delatar um esquema de propinas na Petrobras envolvendo o PT baiano e a empresa SOG Óleo e Gás. Vieira havia denunciado desvios quatro anos antes, na 47ª fase da operação. O então juiz Sergio Moro alertou em despacho: “Não se pode excluir a possibilidade de que o homicídio esteja relacionado a esta ação penal”, mas a PF não encontrou provas de ligação com a Lava Jato, tratando-o como crime comum
Esses episódios, amplamente investigados sem conclusões de homicídios orquestrados pela operação, ilustram o estresse e as controvérsias geradas pela Lava Jato. Em 2025, com anulações de condenações por parcialidade e reaberturas de inquéritos, o legado inclui avanços anticorrupção, mas também reflexões sobre o equilíbrio entre justiça e direitos individuais.
O lado oculto da Lava Jato: Perdas de R$ 142 bilhões, milhões de desempregados e crise política persistente
Embora tenha recuperado cerca de R$ 4,3 bilhões aos cofres públicos e resultado em mais de 280 condenações, a operação gerou prejuízos econômicos e sociais profundos, estimados em valores que superam em até três vezes os desvios identificados, segundo estudos de instituições como o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) e universidades como UFRJ e UERJ.
Em seu décimo aniversário, em 2024, análises apontam que esses impactos contribuíram para a recessão de 2015-2016 e uma década de estagnação, com o PIB brasileiro crescendo apenas 1,1% ao ano na média, contra 3,2% na década anterior.
Críticos, como o professor de Direito Constitucional Lenio Streck, da Unisinos, descrevem a Lava Jato como um “mal fundamental do Direito” que distorceu a Justiça e abriu portas para extremismos, enquanto defensores argumentam que os efeitos negativos derivam da corrupção em si, não da investigação.
Economicamente, a operação provocou uma “economia do escândalo”, com paralisia de investimentos e colapso de cadeias produtivas, especialmente na construção civil, óleo e gás, engenharia pesada e indústria naval – setores que respondiam por quase 20% dos investimentos nacionais pré-2014.
Um estudo do Dieese, encomendado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), estima que, entre 2014 e 2017, a Lava Jato destruiu 4,44 milhões de empregos – 2,05 milhões diretamente nos setores afetados e 2,39 milhões em cadeias indiretas como comércio, transporte e alimentação –, além de reduzir a massa salarial em R$ 85,8 bilhões.
A pesquisa da UFRJ e UERJ calcula perdas de R$ 142 bilhões nesses setores, enquanto o Ineep aponta que, só no primeiro ano, a operação retirou R$ 142,6 bilhões da economia, com impacto negativo de mais de 3 pontos percentuais no PIB até 2019.
As maiores construtoras, como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, perderam 85% de suas receitas entre 2015 e 2018, caindo de R$ 71 bilhões para R$ 10,8 bilhões no faturamento conjunto, levando a falências, concordatas e desnacionalização via vendas de ativos para estrangeiros.
A Petrobras, epicentro do esquema, cortou 25% de seus investimentos, resultando em R$ 120 bilhões em “impairments” (deterioração de ativos) e prejuízos de meia centena de bilhões, com perda de 856 mil empregos na cadeia de suprimentos. O governo deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões em impostos e R$ 20,3 bilhões em contribuições previdenciárias e FGTS, agravando déficits fiscais e limitando políticas anticíclicas.
Consultorias como GO Associados e Tendências estimam que a retração anual no PIB variou de 1% a 1,5%, contribuindo para uma “cicatriz” persistente em investidores e empresários, que fugiram de negócios por insegurança jurídica, segundo estudo do FMI de 2018.
Em 2025, o Brasil ainda sente os efeitos: o setor de infraestrutura permanece desestruturado, com importações de insumos da China e Malásia gerando empregos no exterior, e o país 30% mais pobre do que seria com o crescimento pré-2014, conforme a MB Associados.
Socialmente, os prejuízos foram igualmente graves, ampliando desigualdades e instabilidades que ecoam até hoje. A perda de 4,44 milhões de vagas – equivalente a 21,8% da redução total na população ocupada entre 2014 e 2016 – elevou o desemprego de 4,9% para 11,2% em 2016, afetando especialmente o Sudeste e trabalhadores de baixa qualificação na construção (991.734 vagas perdidas) e serviços. Isso reduziu o consumo, agravou a pobreza e pressionou serviços públicos, com o Dieese destacando a desestruturação de tecnologias produtivas que poderiam impulsionar o desenvolvimento médio e longo prazo.
Politicamente, a operação distorceu a Justiça Criminal, com abusos como delações coercitivas e vazamentos seletivos, erodindo a confiança nas instituições e polarizando a sociedade, como analisado pelo professor Fabio de Sa e Silva, da Universidade de Oklahoma.
Ela contribuiu para o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016, a eleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e eventos como o 8 de janeiro de 2023, vistos como frutos do “lavajatismo” – um reacionarismo que fomentou extremismo e quase custou a democracia, segundo Lenio Streck. A juíza federal Daniela Maciel, em análise para a ConJur, afirma que a via criminal da Lava Jato falhou em resolver conflitos sociais, prejudicando a política institucional e o Judiciário.
Em 2025, com anulações de condenações por parcialidade de Sergio Moro e reaberturas de inquéritos, o legado social persiste: maior desconfiança pública, desigualdade acentuada e um Judiciário sob escrutínio, reforçando que o combate à corrupção deve equilibrar punição com preservação do tecido social e econômico.
Palavras-chave: Teori Zavascki, Operação Lava Jato, STF, acidente aéreo Paraty, delações Odebrecht, teorias conspiratórias, Francisco Zavascki, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, corrupção Petrobras.
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