A recente adesão do Brasil à Aliança Internacional para a Resiliência à Seca (IDRA), coalizão que busca mobilizar capital político, técnico e financeiro para o enfrentamento do problema, é muito oportuna, pois o Semiárido de nosso país é apontado como uma das áreas do planeta nas quais o aquecimento global tem provocado efeitos mais drásticos. É o que indica o mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), organismo das Nações Unidas.
Números atualizados do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima confirmam a necessidade de medidas urgentes e eficazes para reverter o preocupante cenário: cerca de 38 milhões de brasileiros, de 1.561 municípios, são vulneráveis à desertificação e à seca, assim como 1,4 milhão de quilômetros quadrados de terras em 13 estados.
Os diagnósticos apontam que, por causa das mudanças climáticas, a região de Semiárido e Caatinga, englobando parte expressiva do Nordeste e do Norte de Minas Gerais, tem enfrentado secas mais intensas e temperaturas mais altas do que as habituais. Tais condições, acrescidas do avanço do desmatamento, tendem a agravar a desertificação, que, segundo o IPCC, já engloba áreas não contínuas que, somadas, equivalem ao tamanho da Inglaterra ou três vezes o Estado do Rio de Janeiro.
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