O que a prefeitura de Rolim de Moura tem a ver com Daniel Vorcaro, do Banco Master?
Raízes em Rondônia desvendam enredo de investimentos suspeitos e prisão pela PF – Um caso que questiona a integridade do Sistema Financeiro Brasileiro
Em uma reviravolta que ecoa das ruas arborizadas de Rolim de Moura, no coração de Rondônia, até os corredores do poder financeiro em Brasília, o nome de Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, ganhou as manchetes nacionais nesta terça. Preso pela Polícia Federal na noite de 17 de novembro de 2025, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, Vorcaro foi detido ao tentar embarcar em um jatinho particular rumo ao exterior, em meio à Operação Compliance Zero.
A ação, que cumpriu 25 mandados de busca e apreensão, investiga crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa, com indícios de fraudes que podem ultrapassar R$ 12 bilhões em títulos falsos vendidos pelo banco.
Rolim de Moura, uma cidade de cerca de 55 mil habitantes no interior de Rondônia, surge como ponto de partida dessa trama. Foi lá, entre 2010 e 2017, que supostas irregularidades em investimentos do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais (IPREV) chamaram a atenção das autoridades. Na época, o então Banco Máxima – adquirido por Vorcaro em 2016 e rebatizado como Banco Master em 2018 – figurava entre os alvos da Operação Fundos Fake, uma investigação derivada da Operação Miquéias, conduzida pela Polícia Federal.
A operação apurava esquemas de gestão fraudulenta nos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) municipais, com aportes em fundos que, segundo documentos policiais, envolviam ativos ligados indiretamente a Vorcaro, embora seu nome fosse pouco conhecido no mercado financeiro àquela altura. Os investimentos, avaliados em valores não divulgados publicamente na época, apontavam para uma teia de confusão patrimonial. Fundos e empresas receptoras de recursos pertenciam ao mesmo grupo de sócios, e uma consultoria contratada para indicar “oportunidades” direcionava os RPPS a entidades de fachada ou em situação financeira precária. Vorcaro e sua defesa, na ocasião, negaram qualquer envolvimento, afirmando que “não havia indício de participação” na trama, o que levou a investigação a não prosseguir adiante por falta de provas concretas contra ele.
O Banco Master, sob o comando de Vorcaro, experimentou um crescimento acelerado nos anos seguintes. A instituição atraiu recursos por meio de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) com taxas acima das praticadas por concorrentes, expandindo sua presença no setor de crédito de alta rentabilidade. No entanto, essa expansão agora é questionada à luz das recentes revelações. Horas antes de sua prisão, Vorcaro anunciou um acordo de última hora que aparentava salvar o banco de uma crise de liquidez grave, mas o Banco Central (BC) decretou sua liquidação extrajudicial, citando “graves violações às normas” e uma deterioração financeira que motivou a intervenção.
A conexão com o Distrito Federal adiciona camadas ao caso. O Banco de Brasília (BRB) injetou R$ 16,7 bilhões no Master entre 2024 e 2025, uma operação que o Ministério Público vê como indício de gestão fraudulenta, especialmente após o BC barrar a compra do banco pelo BRB. Familiares de Vorcaro, como Felipe Cancado Vorcaro e Henrique Moura Vorcaro, também aparecem em investigações paralelas por supostas irregularidades na gestão do banco. Além disso, relatórios apontam para garantias suspeitas, como um terreno em Santa Cruz Cabrália (BA) que valorizou 11 mil % em 36 dias e foi usado em um empréstimo milionário chancelado pelo Master.
Atualmente detido na Superintendência da PF em São Paulo, Vorcaro enfrenta um escrutínio que vai além das fronteiras de Rolim de Moura. A operação Compliance Zero, coordenada pela PF, busca desmantelar uma rede de fraudes que abalou o setor financeiro, com agentes apreendendo R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo na casa de um investigado.
Especialistas alertam para os impactos em fundos de pensão e investidores minoritários, reforçando a necessidade de maior transparência nos RPPS municipais.
Embora as investigações de 2020 não tenham avançado contra Vorcaro, o reaparecimento de padrões semelhantes – investimentos opacos e crescimento agressivo – levanta questões sobre lições não aprendidas.
O caso, ainda em fase inicial, promete revelações que podem redefinir a confiança no sistema bancário brasileiro.
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