O preocupante recorde de afastamentos de trabalhadores por ansiedade e depressão no Brasil
Por Simone Lopes*
Os números são alarmantes: milhares de trabalhadores brasileiros estão sendo afastados por transtornos mentais como ansiedade e depressão. Empresas e profissionais enfrentam uma realidade preocupante, principalmente no pós pandemia da Covid-19, que impacta não apenas a saúde dos trabalhadores, mas também a economia.
Somente em 2024, o INSS concedeu quase 500 mil benefícios por incapacidade temporária, seja por acidentes de trabalho ou pelo auxílio-doença comum. Esse número representa um aumento de 68% em relação a 2023. Cada afastamento durou, em média, três meses, com os trabalhadores recebendo cerca de R$ 1,9 mil por mês, o que gerou um impacto financeiro estimado em mais de R$ 3 bilhões.
Além de afetar diretamente a vida dos trabalhadores, esse cenário levanta debates sobre direitos previdenciários, legislação trabalhista e a responsabilidade das empresas na promoção da saúde mental no ambiente de trabalho.
Os estados com maior número absoluto de afastamentos foram São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No entanto, quando considerada a proporção em relação à população, Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul lideram os índices. No caso do Rio Grande do Sul, as tragédias climáticas de 2024, como as enchentes que desalojaram milhares de pessoas, podem ter contribuído para o aumento dos afastamentos por transtornos mentais.
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