O aumento de recuperações judiciais de produtores rurais poderá provocar aumento do custo do crédito e escassez de crédito?
Por Filipe Denki*
Os pedidos de recuperação judicial por produtores rurais que atuam como pessoas físicas cresceram 535% em 2023 em comparação com o ano anterior, segundo levantamento da Serasa Experian. Foram 127 solicitações em 2023 contra 20 em 2022.
Em razão desses números temos visto muitos representantes de instituições financeiros, tradings, empresas de compras coletivas, entre outros credores, adotar um tom ameaçador de que o aumento de pedidos de recuperação judicial no agro vai provocar aumento do custo do crédito e escassez de crédito, sem falar da atitude de tentar banalizar o instituto da recuperação judicial como se este fosse uma forma de inadimplência, leia-se calote e não uma possível solução para se evitar o inadimplemento.
O que causa estranheza é que no Brasil não temos pesquisas que comprovem tais afirmações, o que demonstra ser irresponsável e leviano a postura de diversos entes da cadeia produtiva do agro, que ao invés de pensar em soluções coletivas para amenizar os impactos da crise para toda a cadeia tentam se valer de informações não comprovadas para proteger seus interesses individuais.
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