Nova escalada de tensões no Oriente Médio: Irã intensifica ataques contra Israel; vídeo
Conflito entre Irã e Israel atinge novo patamar com ataques aéreos, mísseis balísticos e alegações de ciberataques
A tensão no Oriente Médio alcançou níveis alarmantes com uma nova onda de ataques iniciada pelo Irã contra territórios ocupados por Israel, na noite de segunda-feira, 16 de junho de 2025. A ofensiva, marcada pelo uso de drones e mísseis balísticos, incluindo o avançado míssil hipersônico Fattah, forçou milhões de israelenses a buscar refúgio em abrigos antibombas pelo quarto dia consecutivo. A escalada é uma resposta direta aos ataques israelenses realizados em 13 de junho contra alvos militares e nucleares iranianos, que resultaram na morte de altos oficiais militares e cientistas nucleares do Irã, além de civis em áreas residenciais.
Os ataques iranianos, denominados "Operação Promessa Verdadeira III", começaram com o lançamento de mais de 150 mísseis balísticos e 100 drones, visando bases militares, instalações de inteligência e áreas residenciais em cidades como Tel Aviv, Jerusalém, Haifa, Bat Yam, Petah Tikva e Rishon LeZion. Segundo a agência iraniana Tasnim, os mísseis Fattah, capazes de manobras em alta velocidade para evitar defesas antimísseis, causaram danos significativos, com relatos de pelo menos 24 mortes civis e 63 feridos, dois em estado grave, conforme informado pelo serviço de emergência israelense Magen David Adom.
As últimas cenas de Tel Aviv na noite desta segunda-feira
Suposto hackeamento do Iron Dome e ciberataques
Um elemento preocupante desta nova fase do conflito é a alegação de que o sistema de defesa antimísseis israelense, o Iron Dome, teria sido comprometido por ciberataques. Relatos, ainda não confirmados oficialmente por Israel, sugerem que hackers, possivelmente ligados ao Irã, interferiram no sistema, causando confusão e até mesmo o disparo de mísseis israelenses contra seus próprios territórios. Imagens capturadas por celulares e compartilhadas em redes sociais mostram mísseis iranianos atravessando as defesas aéreas de Israel, atingindo alvos em solo com aparente facilidade.
Além disso, a Diretoria Nacional de Cibersegurança de Israel relatou que mensagens de texto fraudulentas foram enviadas a civis, supostamente pela unidade militar responsável por diretrizes de segurança, instruindo-os a evitar abrigos antibombas públicos. Esse incidente, ocorrido na segunda-feira, é considerado um ataque cibernético bem-sucedido, aumentando a desconfiança e o caos entre a população israelense.
Contexto dos ataques e retaliação iraniana
A ofensiva iraniana é uma resposta aos ataques aéreos israelenses de 13 de junho, nomeados "Operação Leão em Ascensão", que atingiram instalações nucleares em Natanz, Fordo e Isfahan, além de bases militares e de mísseis balísticos no Irã. Esses ataques, que envolveram cerca de 200 caças e possivelmente drones clandestinos contrabandeados pelo Mossad, resultaram na morte de figuras-chave, como o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, o chefe do Estado-Maior, Mohammad Bagheri, e pelo menos seis cientistas nucleares, incluindo Fereydoon Abbasi, ex-chefe da Organização de Energia Atômica do Irã. A mídia estatal iraniana relatou 78 mortes em Teerã, incluindo civis, e mais de 320 feridos.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, classificou os ataques israelenses como uma "declaração de guerra" e prometeu uma "resposta dura". No mesmo dia, ele nomeou novos comandantes militares para substituir os mortos e anunciou que a retaliação iraniana continuaria "enquanto necessário". A ofensiva de segunda-feira, que incluiu ataques a alvos estratégicos em Israel, foi descrita como a mais pesada até o momento, com danos à infraestrutura elétrica e militar em cidades como Haifa e Tel Aviv.
Reações internacionais e impacto regional
A comunidade internacional acompanha o conflito com crescente preocupação. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na sexta-feira, 13 de junho, mas negou envolvimento direto nos ataques iniciais de Israel, embora fontes confirmem que os EUA auxiliaram na interceptação de mísseis iranianos. O Papa Leão XIV pediu a "pacificação do Oriente Médio" durante uma audiência com o presidente do Líbano, Joseph Aoun, enquanto o presidente iraniano prometeu uma "resposta poderosa e legítima" contra Israel.
A ausência de reações significativas de aliados regionais do Irã, como o Hezbollah e os Houthis, reflete a enfraquecida posição do chamado "Eixo da Resistência", especialmente após o colapso do regime Assad na Síria em dezembro de 2024. No entanto, a escalada aumenta o risco de um conflito regional mais amplo, com Israel mobilizando reservistas e fechando embaixadas em todo o mundo.
Cenário nuclear e implicações globais
Os ataques israelenses às instalações nucleares iranianas reacenderam temores sobre uma possível corrida nuclear no Oriente Médio. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Irã possui um estoque de 9.247,6 kg de urânio enriquecido, suficiente para fabricar até nove bombas atômicas, embora o país negue intenções de desenvolver armas nucleares. A destruição parcial de instalações como Natanz e Fordo pode atrasar o programa nuclear iraniano, mas analistas alertam que a resposta de Teerã pode acelerar esforços para desenvolver uma bomba, inspirada pelo exemplo da Coreia do Norte.
Enquanto isso, a retórica de ambos os lados permanece inflamada. Netanyahu afirmou que o regime iraniano "nunca esteve tão enfraquecido", enquanto Khamenei prometeu tornar Israel "indefeso". A paralisação da vida cotidiana em Israel, com escolas fechadas e civis em abrigos, contrasta com as manifestações em Teerã, onde iranianos exigem vingança, gritando "Morte a Israel" e "Morte aos Estados Unidos".
O que esperar?
A continuidade dos ataques iranianos e a possibilidade de novos bombardeios israelenses, especialmente contra a fortificada instalação nuclear de Fordo, sugerem que o conflito está longe de uma resolução. A incapacidade do Iron Dome de interceptar todos os mísseis, aliada aos supostos ciberataques, expõe vulnerabilidades na defesa israelense, enquanto o Irã demonstra avanços em sua capacidade militar, particularmente com o uso de mísseis hipersônicos.
O mundo observa com apreensão enquanto as tensões entre Israel e Irã ameaçam desestabilizar ainda mais o Oriente Médio. A falta de progresso nas negociações nucleares e a escalada militar apontam para um futuro incerto, com potenciais consequências globais, incluindo impactos nos mercados financeiros e na diplomacia internacional.
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