No Brasil, quatro mulheres são mortas diariamente por questões de gênero, e uma é vítima de violência física a cada dois minutos
Por Fatima Macedo*
No Brasil, o silêncio muitas vezes é mais ensurdecedor do que os gritos de socorro das mulheres que sofrem diariamente por causa de sua condição de gênero. Infelizmente, a violência contra a mulher ainda é uma realidade alarmante. Segundo o 15° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada dia, quatro vidas são ceifadas devido ao feminicídio, enquanto a cada dois minutos uma mulher é brutalmente espancada. Em 71,7% dos casos, o agressor da vítima era o companheiro ou ex-companheiro.
Talvez, para algumas pessoas, falar destes números não traduza o tamanho do problema, mas é entender que estamos diante de uma realidade alarmante, onde mais de 10.600 mulheres perderam suas vidas para o feminicídio desde a promulgação da Lei do Feminicídio em 2015, colocando o país com uma das taxas mais altas no mundo. O Brasil registrou 1.463 casos de mulheres que foram assassinadas somente no ano passado - ou seja, cerca de 1 caso a cada 6 horas.
O feminicídio é a forma de violência mais grave contra a mulher. Porém, ele é o trágico desfecho de uma série de violências às quais esta mulher estava submetida. Tais como agressões, violência sexual, psicológica, ameaças e outras situações.
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