Na pauta hoje: Projeto no Senado que pode reduzir inelegibilidades de Acir Gurgacz e Ivo Cassol para eleições de 2026
Nova lei em votação no Senado promete alterar prazos de inelegibilidade e pode abrir caminho para ex-senadores de Rondônia nas próximas eleições. O que isso significa para o cenário político?
Uma mudança significativa no cenário político brasileiro pode estar a caminho. Nesta terça-feira, 26 de agosto de 2025, o Senado Federal deve votar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 192/2023, que propõe unificar em 8 anos o prazo de inelegibilidade para políticos condenados por órgãos colegiados. A medida, se aprovada, pode beneficiar diretamente dois ex-senadores de Rondônia: Acir Gurgacz (PDT-RO) e Ivo Cassol (PP-RO), que atualmente estão impedidos de concorrer a cargos públicos devido a condenações no Supremo Tribunal Federal (STF).
Contexto histórico e condenações
A legislação brasileira atual, baseada na Lei da Ficha Limpa, determina que políticos considerados inelegíveis fiquem impedidos de disputar eleições pelo período original de seu mandato e por mais 8 anos após o término da legislatura. Esse mecanismo foi criado para reforçar a ética na política, mas tem gerado debates sobre a proporcionalidade dos prazos.
Ivo Cassol, ex-senador e ex-governador de Rondônia, foi condenado pelo STF em 2013 por fraude em licitações durante seu mandato como prefeito de Rolim de Moura, entre 1998 e 2002. Embora tenha cumprido a pena, ele está inelegível até 2028.
Acir Gurgacz, também ex-senador por Rondônia, foi condenado em 2018 pelo STF por desvio de finalidade na aplicação de um financiamento obtido junto ao Banco da Amazônia. Sua inelegibilidade se estende até 2030.
Ambos os casos tiveram grande repercussão em Rondônia, estado onde os dois políticos ainda possuem base eleitoral significativa. A possível redução do prazo de inelegibilidade reacende discussões sobre justiça eleitoral e a influência de figuras políticas históricas no cenário local.
O que propõe o PLP 192/2023?
O PLP 192/2023, de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), busca simplificar as regras de inelegibilidade ao estabelecer um prazo único de 8 anos, contados a partir de eventos específicos, como:
A decisão que decretar a perda do mandato;
A eleição na qual ocorreu prática abusiva;
A condenação por órgão colegiado;
Ou a renúncia ao cargo eletivo.
Um ponto crucial do projeto é sua aplicação retroativa, ou seja, ele pode ser aplicado a condenações já existentes. Segundo o relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Weverton Rocha (PDT-MA), a medida traz "mais objetividade e segurança jurídica"* ao fixar o início e o fim da contagem dos prazos de inelegibilidade.
O texto já passou por tentativas de votação no Plenário do Senado no final de 2024 e em março de 2025, mas foi adiado por falta de consenso entre os líderes partidários. Agora, a expectativa é alta para a sessão desta terça-feira.
Implicações políticas para Rondônia e o Brasil
Se aprovado, o PLP 192/2023 pode alterar profundamente o cenário político em Rondônia rumo às eleições de 2026. Tanto Acir Gurgacz quanto Ivo Cassol são figuras conhecidas no estado e poderiam voltar a disputar cargos públicos, como o de senador ou até governador, dependendo do impacto da nova lei em suas condenações específicas.
Além disso, a medida tem potencial para beneficiar outros políticos em todo o Brasil que enfrentam situações semelhantes. No entanto, críticos apontam que a retroatividade da lei pode ser interpretada como uma tentativa de "anistiar" condenações já consolidadas, enfraquecendo instrumentos como a Lei da Ficha Limpa. Por outro lado, defensores argumentam que a unificação dos prazos traz maior clareza e evita punições desproporcionais.
Repercussão e opiniões
Nas redes sociais e em veículos de imprensa, o tema tem gerado debates acalorados. No Twitter, usuários de Rondônia expressam opiniões divididas. Alguns defendem a volta de Cassol e Gurgacz ao cenário político, destacando seus feitos em gestões passadas, enquanto outros criticam a possível "flexibilização" de regras éticas na política.
Em entrevista ao PAINEL POLÍTICO, uma fonte próxima ao debate no Senado destacou que "a unificação dos prazos não significa impunidade, mas sim uma adequação para que as punições sejam justas e previsíveis". Já um advogado especializado em direito eleitoral, ouvido pelo mesmo portal, alertou que "a retroatividade pode abrir precedentes perigosos para a credibilidade do sistema eleitoral".
Próximos passos
Caso o PLP 192/2023 seja aprovado no Senado, ele seguirá para sanção presidencial. A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será crucial, especialmente considerando o contexto político nacional e as pressões de diferentes partidos. A votação desta terça-feira, portanto, é apenas o primeiro passo de um processo que pode redefinir as regras do jogo eleitoral no Brasil.
Convite à participação
O que você acha dessa possível mudança na lei de inelegibilidades? Acredita que políticos como Acir Gurgacz e Ivo Cassol devem ter a chance de retornar ao cenário eleitoral? Vorte e deixe seu comentário abaixo e compartilhe este artigo com amigos e familiares para ampliar o debate sobre o futuro político de Rondônia e do Brasil!
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