MPF investiga intimidação e contaminação por agrotóxicos na aldeia Aperoí, em Rondônia
Visita do Ministério Público Federal à comunidade Puruborá apura denúncias de ataques e danos ambientais, reforçando o compromisso com a proteção dos direitos indígenas
Em uma ação conduzida no último dia 22 de setembro, o Ministério Público Federal (MPF) visitou a Aldeia Aperoí, do povo indígena Puruborá, localizada no município de Seringueiras, a 534 km de Porto Velho, capital de Rondônia. A iniciativa, liderada pelo procurador da República Gabriel Ferreira, teve como objetivo apurar denúncias de intimidação e ataques sofridos pela comunidade, incluindo a contaminação de áreas indígenas por agrotóxicos e um possível incêndio criminoso.
A operação contou com o apoio de agentes da Polícia Federal (PF) e da equipe do próprio MPF, destacando a gravidade das denúncias. Durante a visita, a equipe inspecionou uma casa abandonada por uma família indígena, situada entre duas extensas plantações de soja. Segundo relatos, o imóvel foi alvo de um incêndio, supostamente intencional, com o objetivo de intimidar os moradores e forçar sua saída. “A casa foi abandonada devido à contaminação por agrotóxicos e ao incêndio que danificou a estrutura”, informou o MPF em seu relatório.
Além disso, uma área usada pela comunidade para roçado também foi examinada, evidenciando os impactos ambientais e sociais sofridos pelos Puruborá.O relatório do MPF destaca o contexto de vulnerabilidade da comunidade. “O povo Puruborá está em um processo de resgate de suas tradições, cultura e língua, bem como de reivindicação de seu território. A comunidade foi vítima de um histórico de violência, assimilação e apagamento cultural, e agora luta pelo reconhecimento de sua identidade e de suas terras”, afirmou o órgão.
A ação integra o Inquérito Civil nº 1.31.001.000032/2024-59, que investiga danos causados pelo uso abusivo de agrotóxicos na região.
Contexto de luta e resistência
Os Puruborá, historicamente submetidos a processos de assimilação forçada, têm enfrentado desafios para preservar sua identidade e território. A proximidade de grandes plantações de soja tem agravado a situação, com denúncias de contaminação ambiental que afetam a saúde e o modo de vida da comunidade. O uso indiscriminado de agrotóxicos, segundo o MPF, representa uma ameaça direta aos direitos indígenas, comprometendo a segurança alimentar e a sustentabilidade da aldeia.
A visita do procurador Gabriel Ferreira reforça o compromisso do MPF em ouvir a comunidade e garantir a proteção de seus direitos. “Nosso objetivo é demonstrar que as instituições estão atentas às demandas do povo Puruborá e que os responsáveis por esses atos serão devidamente investigados”, declarou o procurador durante a ação. A presença da Polícia Federal na operação também sinaliza a seriedade com que as denúncias estão sendo tratadas.
Próximos passos
O MPF informou que as investigações seguem em curso no âmbito do inquérito civil. Além de apurar a responsabilidade pelos ataques e pela contaminação, o órgão busca medidas para proteger a comunidade e evitar novos episódios de violência. A atuação do MPF também visa fortalecer o reconhecimento oficial do território Puruborá, uma demanda histórica do povo indígena.
A situação em Seringueiras reflete um problema recorrente em diversas regiões do Brasil, onde conflitos fundiários e a expansão do agronegócio ameaçam comunidades indígenas.
O caso da Aldeia Aperoí ganhou repercussão em redes sociais, com postagens no X destacando a importância de dar visibilidade à luta dos Puruborá. Organizações como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) também têm acompanhado o caso, cobrando ações efetivas das autoridades.
O que você acha das medidas tomadas pelo MPF na proteção dos direitos indígenas? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe esta matéria para ampliar a discussão sobre a luta dos povos originários no Brasil. Sua voz é essencial para dar visibilidade a casos como o da Aldeia Aperoí.
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