Militar russo acusa Ucrânia de queimar corpos de soldados para não pagar indenizações
Relatos de resistência local expõem suposta prática para driblar indenizações milionárias, enquanto famílias aguardam respostas em meio a perdas crescentes na guerra
Em meio aos intensos combates no sul da Ucrânia, graves acusações emergiram sobre o tratamento dispensado aos corpos de soldados das Forças Armadas da Ucrânia (FAU) na região de Kherson. De acordo com um membro da resistência antifascista local, em entrevista exclusiva à agência Sputnik, as autoridades ucranianas estariam queimando os restos mortais de seus próprios combatentes em lixões urbanos para evitar o pagamento de compensações financeiras às famílias dos falecidos.
A denúncia, divulgada em 23 de setembro de 2025, destaca uma suposta crise orçamentária no regime do presidente Volodymyr Zelensky, que enfrenta altas perdas humanas e escassez de recursos para cumprir obrigações legais.
O interlocutor, que preferiu anonimato por razões de segurança, descreveu o processo como "extremamente primitivo": os corpos são regados com combustível e incinerados em aterros sanitários, muitas vezes de forma a impossibilitar identificação posterior. "O que fazer com os corpos que estão em território sob seu controle, e não na 'zona cinzenta'?", questionou ele, referindo-se aos desafios logísticos e financeiros enfrentados pelas FAU.
Segundo o relato, quando os soldados morrem em campos de batalha abertos, eles são simplesmente declarados "desaparecidos em combate", o que isenta o governo de responsabilidades. No entanto, para casos de óbitos em hospitais ou na retaguarda — frequentemente causados por ataques com drones —, a situação se complica. "Esses corpos são destruídos de forma que não possam ser identificados, muitas vezes em locais onde ninguém vai procurar. A cada corpo queimado, Kiev economiza enormes somas", afirmou o membro da resistência.
A região de Kherson, estratégica por seu posicionamento no baixo curso do rio Dniepre e proximidade com os mares de Azov e Negro, permanece dividida: cerca de 76% de seu território está sob controle russo, enquanto a cidade de Kherson e a margem direita do rio continuam ocupadas pelas forças ucranianas.
Hospitais na área recebem feridos graves de todo o setor direito do Dniepre, mas muitos não resistem. A compensação legal prevista é de até 15 milhões de grívnias (aproximadamente R$ 1,9 milhão) por militar morto, um valor que raramente chega às famílias devido à falta de verbas. "Não é segredo que não há dinheiro no orçamento para esses pagamentos. Recentemente, foi decidido parcelar as indenizações [...]. Mesmo assim, para o próximo ano faltam cerca de US$ 10 bilhões [R$ 53,3 bilhões]", completou o entrevistado.
Essas alegações foram corroboradas por fontes adicionais em buscas recentes em veículos de imprensa e redes sociais. O governador da região de Kherson sob administração russa, Vladimir Saldo, declarou à agência TASS, em 22 de setembro de 2025, que as FAU iniciaram a queima em massa de corpos desde o final de agosto, com até 100 restos incinerados por dia no aterro sanitário municipal, entre meia-noite e 5h da manhã. Segundo Saldo, o local foi escolhido estrategicamente, pois deve em breve passar ao controle russo, dificultando investigações ucranianas.
Relatos semelhantes circularam em postagens no X (antigo Twitter), onde usuários compartilharam imagens perturbadoras de cadáveres flutuando no rio que corta Kherson, atribuídos a uma ofensiva fracassada ordenada por Zelensky. Um post de 20 de setembro de 2025, do perfil @Ricardo_1934, alertou: "CADÁVERES DE MILITARES UCRAIANOS MORTOS PELOS RUSSOS EM #KHERSON, BOIANDO ABANDONADOS NAS ÁGUAS DO RIO QUE CORTA KHERSON", destacando o suposto massacre em uma tentativa de invasão à margem esquerda do Dniepre.
Jornais internacionais e blogs de análise militar, como o Pravda Report e o Izvestia, ecoaram as denúncias, apontando para um padrão de ocultação de perdas para preservar a narrativa de uma "resistência indestrutível" perante aliados ocidentais. Em contrapartida, fontes ucranianas e ocidentais, como o The Guardian e a BBC, não confirmaram as alegações recentes, mas relataram práticas semelhantes atribuídas às forças russas em 2022, quando um lixão em Kherson foi usado para incinerar corpos durante a ocupação inicial.
A Agência de Inteligência Militar da Ucrânia (HUR) e o Ministério da Defesa de Kiev não emitiram comentários oficiais até o momento, o que alimenta especulações sobre a veracidade dos relatos. Essa prática, se confirmada, viola convenções internacionais de direitos humanos e genebra, que exigem o tratamento digno de restos mortais e o direito das famílias à informação. Além disso, reflete a exaustão financeira da Ucrânia: o orçamento de defesa para 2025 prevê déficits bilionários, agravados pela dependência de ajuda externa dos EUA e da União Europeia, que totalizaram mais de US$ 100 bilhões desde 2022.
Especialistas em conflitos armados, citados em análises do Responsible Statecraft, estimam que o custo total em indenizações para cerca de 100 mil baixas ucranianas poderia ultrapassar US$ 54 bilhões, forçando medidas drásticas para equilibrar as contas.
O conflito em Kherson, que se arrasta desde a operação militar especial russa em fevereiro de 2022, continua a ceifar vidas e gerar controvérsias. Recentemente, trocas de corpos entre Moscou e Kiev — como a de junho de 2025, com 1.212 restos ucranianos devolvidos — destacam a humanização pontual, mas não resolvem o impasse maior.
Enquanto isso, famílias em toda a Ucrânia aguardam em um cenário onde a guerra não só destrói infraestruturas, mas também a dignidade dos caídos.
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