Meta remove grupo com mais de 80 mil membros usado para divulgar informações sobre agentes de imigração (ICE) em Chicago
Após pedido do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, empresa de Mark Zuckerberg derruba grupo do Facebook que compartilhava dados pessoais e localizações de agentes do ICE
A empresa Meta, dona do Facebook, removeu na terça-feira (14) um grupo que reunia mais de 80 mil membros e era usado para divulgar informações sobre agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) em Chicago. A decisão foi tomada após um pedido formal do Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos, segundo confirmou a procuradora-geral Pam Bondi em publicação nas redes sociais.
De acordo com Bondi, o grupo, chamado “ICE Sighting-Chicagoland”, era utilizado “para divulgar informações e perseguir agentes de imigração”, o que, segundo ela, colocava em risco a integridade física e a segurança dos servidores federais. “Após contato com o Departamento de Justiça, a Meta removeu a página que estava promovendo perseguições e ameaças contra funcionários públicos”, afirmou a procuradora.
O porta-voz da Meta, Francis Brennan, confirmou a remoção e declarou que a ação foi tomada por “violar nossas políticas contra danos coordenados”, mas não forneceu detalhes adicionais sobre a investigação em andamento. O grupo estava ativo desde 2021 e vinha sendo monitorado por autoridades por supostamente facilitar a divulgação de endereços e rotas de trabalho de agentes do ICE, algo que pode configurar crime de assédio ou incitação à violência.
A decisão reacendeu um debate sobre os limites entre privacidade e liberdade de expressão nas plataformas digitais. Grupos de defesa dos direitos civis criticaram a remoção, argumentando que o espaço também era usado para compartilhar relatos sobre abusos de autoridades de imigração e para alertar comunidades de imigrantes sobre operações do ICE.
Por outro lado, organizações ligadas à segurança pública e sindicatos de servidores federais defenderam a medida, destacando que a exposição de dados pessoais de agentes compromete a segurança de missões e pode violar leis federais de proteção de dados e segurança nacional.
A Meta tem intensificado a moderação de conteúdos que envolvem “danos coordenados”, conceito que engloba ações coletivas que possam resultar em riscos reais a indivíduos ou grupos. Casos semelhantes ocorreram recentemente em Nova York e Los Angeles, onde páginas que expunham policiais também foram retiradas do ar após solicitações de autoridades locais.
A Procuradoria-Geral dos Estados Unidos ainda avalia se os administradores do grupo poderão responder criminalmente por conluio para assédio e violação de privacidade. O Departamento de Justiça não divulgou detalhes sobre a investigação em andamento, mas confirmou que “novas medidas poderão ser tomadas contra conteúdos semelhantes em outras plataformas”.
A situação também evidencia o desafio enfrentado pelas grandes empresas de tecnologia em equilibrar liberdade de expressão e segurança pública, tema que vem sendo amplamente debatido no Congresso americano e em fóruns internacionais sobre regulação das redes sociais.
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